Malariômetro aprimora monitoramento da malária e reforça vigilância epidemiológica da doença no Brasil
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O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Doenças Transmissíveis (DEDT) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), tem fortalecido o monitoramento e controle da malária no Brasil com estratégias inovadoras e eficientes.
Entre as principais ferramentas utilizadas, o “Malariômetro” tem se destacado como um importante aliado na luta contra a doença, promovendo transparência nos dados epidemiológicos e permitindo a rápida resposta dos gestores e profissionais de saúde. Criado em 2015 no município de Eirunepé (AM) pelo profissional Marcio Fabiano, o “Malariômetro” nasceu como um instrumento de comunicação em saúde, oferecendo à população acesso direto às informações sobre os números da malária em seus municípios. Inicialmente desenvolvido em formato impresso, a ferramenta evoluiu para o modelo digital em 2016, ampliando sua aplicabilidade e impacto na vigilância da doença.
A ferramenta integra dados epidemiológicos essenciais, como número de casos registrados, distribuição geográfica da malária e evolução da incidência ao longo do tempo. Essas informações permitem não apenas a conscientização da população, mas também auxiliam os gestores na tomada de decisões mais assertivas para o controle e eliminação da doença. O “Malariômetro” já é amplamente utilizado nos municípios da Amazônia Legal, especialmente naqueles que contam com o suporte do Projeto Apoiadores Municipais da Malária. Atualmente, 32 municípios utilizam a ferramenta para fortalecer o monitoramento da doença, e a proposta é expandir sua adoção para todos os municípios prioritários da região. A Coordenação de Eliminação da Malária (Cema) trabalha para que ele seja padronizado e incluído no Plano Nacional de Eliminação da Malária, consolidando-o como uma ferramenta oficial de vigilância. Segundo Marcio Fabiano, criador da ferramenta e integrante da Cema, a transparência dos dados é um dos fatores mais importantes na luta contra a doença. “O Malariômetro permite que a população acompanhe a situação da malária em seu município e, ao mesmo tempo, sensibiliza gestores e profissionais de saúde para ações mais rápidas e eficazes no controle da doença”, destaca.
Resposta rápida
O Ministério da Saúde garante o fornecimento regular de insumos essenciais para a prevenção e o controle da malária. A logística eficiente assegura a disponibilidade de produtos estratégicos em tempo hábil, minimizando o risco de desabastecimento e otimizando a resposta rápida às demandas locais. No ano de 2024, a aquisição de Teste de Diagnóstico Rápido (TDR) foi triplicada em comparação com o ano de 2023 e também houve um aumento na solicitação do TDR por parte dos estados, ampliando o diagnóstico realizado por este método. Também em 2024 houve a implementação de um novo protocolo de tratamento (uso de tafenoquina e teste G6PD) em 17 municípios e cinco Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Até janeiro de 2025, 1794 profissionais foram treinados e 5259 pessoas foram tratadas com o novo esquema terapêutico, mais rápido e com maior taxa de adesão.
Este ano de 2025, a implementação será ampliada para outros municípios prioritários, todo o estado de Rondônia e Amapá e para os 18 estados da região extra-amazônica. Em 2024 também foi retomada a produção nacional, por Farmanguinhos, de artesunato+mefloquina (ASMQ) para menores de 12 anos, considerado a primeira escolha para o tratamento de Plasmodium falciparum e recorrências de malária por Plasmodium vivax. Ambos tratamentos são oferecidos pelo SUS.
A combinação de tecnologia e gestão eficiente tem sido um diferencial na luta contra a malária. O “Malariômetro”, aliado a uma logística robusta de insumos, fortalece a resposta nacional à doença, reduzindo a morbimortalidade e contribuindo para a meta de eliminação da malária no Brasil. Para Alda Maria da Cruz, diretora do DEDT, o sucesso das ações depende dessa abordagem integrada. “O fortalecimento da vigilância epidemiológica e a eficiência logística são fundamentais para que possamos alcançar a eliminação da malária no Brasil. Iniciativas como essa e a distribuição estratégica de insumos demonstram o compromisso do Ministério da Saúde em garantir uma resposta rápida e eficaz para essa doença que ainda impacta tantas comunidades”, enfatiza a diretora.
João Moraes
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde