• 11 de fevereiro de 2025
#Ciência e tecnologia

Ministérios estudam criar rede interministerial de pesquisa em TEA

Foto:

Representantes dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; Saúde; Educação; e Direitos Humanos se reuniram, nesta segunda-feira (10), para debater a criação de uma Rede Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O debate ocorreu durante a primeira reunião do ano do Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva (CITA)

“O objetivo da rede de pesquisa é validar e, possivelmente, ampliar com conhecimento a presença das pessoas com TEA dentro dos programas públicos”, explica o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda.

Segundo a proposta, rede deve avançar nas pesquisas em diagnóstico, estimulação precoce, tratamento multidisciplinar, assistência social, cultura, lazer e esportes, educação inclusiva e aprendizagem, empregabilidade e merca de trabalho e socialização e vínculos sociais.

No mesmo sentido de Arruda, o coordenador-geral de Tecnologia Assistiva da pasta, Milton Pereira de Carvalho Filho, afirma que a criação da rede pode impactar e beneficiar o desenvolvimento de políticas públicas, como a oferta de serviços e produtos específicos. “As pesquisas são fundamentais para que o país possa melhorar ainda mais a sua política pública no processo de inclusão dessas pessoas. Então, todas as áreas do desenvolvimento social têm o impacto de como isso é tratado para esse público, que é um público que tem especificidades que nenhuma outra deficiência tem”, disse o coordenador-geral.

Ainda de acordo com a proposta, o grupo será composto pesquisadores e movimentos sociais de todas as regiões do país. Segundo o Ministério da Saúde, o TEA é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, interferindo na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento. De acordo com o Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA), em 2021, foram realizados 9,6 milhões de atendimentos em ambulatórios de pessoas com autismo no Brasil, sendo 4,1 milhões ao público infantil até 9 anos.

Durante a reunião, também esteve presente o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Daniel Almeida Filho, que falou sobre a importância de soluções práticas e personalizadas dentro da tecnologia assistiva.

“A tecnologia assistiva não é um tipo de tecnologia que dá para a gente fazer em escala grande, porque cada pessoa tem uma deficiência de forma diferente. Então, a gente precisa ter tecnologias para identificar quais são essas diferenças entre as pessoas e também ter tecnologia para dar a solução personalizada para cada uma delas”, disse o secretário.

O CITA é o órgão destinado a assessorar na estruturação, formulação, articulação, implementação e no acompanhamento de plano de tecnologia assistiva, com vistas a garantir à pessoa com deficiência acesso a produtos, recursos, estratégias, práticas, processos e serviços que maximizem sua autonomia, sua mobilidade pessoal e sua qualidade de vida, observado o disposto na Lei nº 13.145, o Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Ministérios estudam criar rede interministerial de pesquisa em TEA

Bombeiros Militares localizam corpo de jovem que

Ministérios estudam criar rede interministerial de pesquisa em TEA

Caminhadas na Natureza impulsionam turismo rural no