• 5 de fevereiro de 2025
#Agronegócio

China Retalia às Tarifas de Trump com Impostos sobre Combustíveis e Veículos

Em resposta à imposição de tarifas adicionais por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as importações de produtos chineses, a China anunciou, nesta terça-feira (4), retaliações que afetam setores como combustíveis, veículos e máquinas agrícolas dos Estados Unidos. A decisão marca o início de uma nova guerra comercial entre as duas potências econômicas. O país asiático também recorreu à Organização Mundial do Comércio (OMC), apresentando uma reclamação para proteger seus direitos e interesses frente às tarifas impostas.

A resposta de Pequim veio pouco tempo após a entrada em vigor das tarifas de 10% sobre produtos chineses, determinadas por Trump. O presidente também havia anunciado encargos de 25% sobre as importações provenientes do Canadá e México, mas suspendeu sua implementação por 30 dias, em troca do aumento da vigilância nas fronteiras norte-americanas, visando combater o tráfico de fentanil.

Medidas Tarifárias e Queixas à OMC

O Ministério das Finanças da China informou, por meio de comunicado, que as tarifas contra o carvão e o gás natural liquefeito (GNL) dos Estados Unidos seriam de 15%, enquanto os impostos sobre o petróleo bruto, máquinas agrícolas e alguns modelos de veículos seriam fixados em 10%. Essas medidas são descritas como uma reação ao aumento unilateral de tarifas por parte de Washington.

A China alegou que a decisão de Trump “viola gravemente as normas da OMC” e que tal ação não contribuiria para resolver os problemas dos Estados Unidos, prejudicando a cooperação econômica entre as duas nações. Além disso, o Ministério do Comércio chinês apresentou uma queixa formal à OMC, considerando as medidas de Washington como sendo “de natureza mal-intencionada.”

Além das tarifas, o governo chinês também iniciou uma investigação antimonopólio contra a Alphabet (controladora do Google) e incluiu as empresas PVH (proprietária das marcas Tommy Hilfiger e Calvin Klein) e Illumina (do setor de biotecnologia) em sua lista de “entidades não confiáveis”. A China também anunciou novos controles sobre a exportação de metais raros, como tungstênio, telúrio, bismuto e molibdênio, que são utilizados em diversas indústrias globais.

Trégua Temporária com México e Canadá

Trump justificou as tarifas contra os três principais aliados comerciais dos Estados Unidos, acusando-os de não tomarem medidas eficazes para conter o fluxo ilegal de migrantes e drogas rumo ao território norte-americano. No entanto, após negociações com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, os encargos contra esses países foram temporariamente suspensos por 30 dias, em troca de acordos para aumentar a vigilância nas fronteiras.

Trump também anunciou a intenção de dialogar com o presidente chinês, Xi Jinping, nas próximas 24 horas, para buscar um acordo similar. O governo dos EUA responsabiliza a China pela entrada de fentanil, um opioide sintético altamente letal, no país. Segundo informações de inteligência, a China envia os componentes químicos para o México, onde cartéis locais produzem e traficam o fentanil para os Estados Unidos, o que resulta em um número alarmante de mortes por overdose.

Ações no México e Canadá

Após as ameaças de tarifas, o governo mexicano anunciou que intensificará a segurança nas fronteiras, com o envio de 10.000 agentes da Guarda Nacional para combater o tráfico de drogas, especialmente de fentanil. Sheinbaum também se comprometeu a trabalhar com os Estados Unidos para evitar o tráfico de armas, uma demanda do governo norte-americano.

Já no Canadá, Trudeau anunciou a mobilização de quase 10.000 agentes para proteger a fronteira, a inclusão de cartéis na lista de organizações terroristas e a nomeação de um ‘czar’ para coordenar os esforços contra o fentanil.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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