Bancada do Agro Ganha Espaço na Câmara e Busca Agilizar Projetos Prioritários
A Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) celebrou os resultados da eleição para a presidência e demais cargos da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, vislumbrando avanços em pautas estratégicas para o setor sob a nova gestão.
A bancada ruralista garantiu quatro posições na administração 2025/26 da Casa. Além da presidência ocupada por Hugo Motta (Republicanos-PB), o ex-presidente da FPA, Sérgio Souza (MDB-PR), assumirá a 4ª Secretaria. Já Eumar Nascimento (União Brasil-BA) e Lula da Fonte (PP-PE) ocuparão, respectivamente, a 2ª Vice-Presidência e a 2ª Secretaria.
A eleição, realizada no sábado (1º/2), consolidou a liderança de Motta, que recebeu 444 votos dos deputados. O novo presidente já está ciente das demandas da bancada ruralista, tendo recebido ainda em dezembro de 2024 a lista de projetos prioritários durante uma reunião do grupo em Brasília. Entre os temas de maior relevância estão a segurança fundiária, impulsionada por disputas envolvendo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), a demarcação de terras indígenas e questões econômicas, como ampliação do crédito e subsídio ao seguro agropecuário.
“Confiamos que o deputado Hugo dará continuidade à atenção que o setor merece”, afirmou Pedro Lupion (PP-PR), presidente da FPA, em comunicado oficial.
Em seu discurso de posse, Motta destacou a necessidade de uma agenda baseada em responsabilidade fiscal, segurança, educação e geração de empregos. Segundo ele, “não há democracia sem caos social, nem estabilidade com caos econômico”.
Expectativas no Senado
No Senado, a FPA aguarda um diálogo produtivo com o novo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que foi eleito com 73 votos dos 81 senadores. Alcolumbre, que já ocupou a presidência entre 2019 e 2021 e comandou a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), retorna ao cargo com amplo apoio parlamentar.
Uma das principais expectativas da bancada ruralista no Senado é o avanço do projeto de modernização das regras de licenciamento ambiental. A relatora da proposta, senadora Tereza Cristina (PP-MS) — ex-ministra da Agricultura —, defende que a atualização dessas normas é essencial para destravar investimentos em infraestrutura e logística no país.
“Conheço bem o senador Davi e sei que seu estilo é completamente diferente do de seu antecessor. Tenho certeza de que ele facilitará o andamento dos trabalhos nesta Casa, promovendo um relacionamento produtivo entre governo e oposição. Precisamos de agilidade na votação de projetos fundamentais para o desenvolvimento do Brasil”, declarou a senadora em nota divulgada pela FPA.
Tereza Cristina acredita que o Senado poderá aprovar o projeto de licenciamento ambiental ainda no primeiro semestre de 2025. Para a parlamentar, o novo cenário político no Congresso fortalece a participação da FPA e amplia as chances de avanços nas pautas do agronegócio.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio