• 3 de fevereiro de 2025
#Agronegócio

Novo Relatório da ONU Revela Alta Exposição Climática da América Latina e Caribe, Comprometendo a Segurança Alimentar

A América Latina e o Caribe enfrentam grandes desafios em termos de segurança alimentar devido aos efeitos da variabilidade climática e dos eventos climáticos extremos, como secas, inundações e tempestades. Esses fenômenos têm comprometido a produtividade agrícola, alterado cadeias de suprimento, aumentado os preços e prejudicado os ambientes alimentares, colocando em risco os avanços na redução da fome e da má-nutrição. A informação consta no Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutrição 2024, publicado hoje pela ONU, que aponta a região como a segunda mais exposta a eventos climáticos extremos, atrás apenas da Ásia.

O relatório revela que 74% dos países da região enfrentam alta frequência de eventos climáticos extremos, com 52% desses países sendo considerados vulneráveis devido ao aumento da subalimentação provocado por tais fenômenos. Além disso, os desafios estruturais persistem, como conflitos, desaceleração econômica e crises, além de altos níveis de desigualdade, acessibilidade limitada a dietas saudáveis e ambientes alimentares insalubres. Entre 2019 e 2023, a prevalência de subalimentação aumentou 1,5 ponto percentual nos países afetados por tais variabilidades climáticas.

Impactos no Mercado e na Economia Regional

O aumento da vulnerabilidade das populações mais pobres, com menor capacidade de adaptação aos efeitos climáticos, é destacado pelo relatório, que enfatiza a necessidade urgente de fortalecer a resiliência dos sistemas agroalimentares. A insegurança alimentar moderada ou grave apresentou uma diminuição, pela segunda vez consecutiva, alcançando 19,7 milhões de pessoas a menos em relação ao ano anterior. Essa redução é atribuída a esforços econômicos pós-pandemia e políticas de proteção social.

Embora a fome tenha diminuído na região em 2023, afetando 41 milhões de pessoas, com uma queda de 2,9 milhões em relação a 2022, as disparidades entre sub-regiões continuam evidentes. A prevalência da fome aumentou no Caribe, alcançando 17,2%, ao passo que se manteve estável na América Central, em 5,8%. No entanto, as comunidades rurais e as mulheres continuam sendo os grupos mais afetados pela insegurança alimentar e pela desigualdade de gênero.

O Desafio da Má-Nutrição

O relatório também alerta para o crescente desafio da má-nutrição, com a região enfrentando uma aceleração no número de crianças acima do peso, especialmente na América do Sul. Em 2022, 8,6% das crianças menores de cinco anos na América Latina e Caribe estavam acima do peso, 3 pontos percentuais acima da média global. Ao mesmo tempo, a prevalência de atraso no crescimento em crianças menores de 5 anos foi estimada em 11,5%, abaixo da média global de 22,3%.

Além disso, o relatório destaca a preocupação com o acesso econômico limitado a dietas saudáveis. Em 2022, 182,9 milhões de pessoas na região não podiam pagar por uma alimentação saudável, apesar de uma melhora significativa nesse aspecto desde 2021.

Conclusão e Desafios Futuro

O documento enfatiza a necessidade de acelerar investimentos e implementar ações para fortalecer os sistemas agroalimentares da região, com foco nas populações mais vulneráveis e expostas a eventos climáticos extremos. O Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutrição 2024 é uma publicação conjunta da FAO, FIDA, OPS/OMS, WFP e UNICEF, que reúne as perspectivas de várias organizações internacionais na busca por soluções eficazes para a segurança alimentar na América Latina e no Caribe.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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