• 30 de janeiro de 2025
#Agronegócio

Práticas Sustentáveis na Agropecuária Podem Mitigar Emissões de CO₂ nas Américas

Um estudo publicado na revista Frontiers in Sustainable Food Systems destaca o potencial das Américas para compensar emissões de gases de efeito estufa por meio da adoção de práticas de manejo sustentável na agropecuária. Desenvolvido por pesquisadores da USP em colaboração com outras instituições, o trabalho revisou mais de 13 mil artigos para avaliar como essas práticas podem restaurar a saúde do solo e contribuir para o sequestro de carbono.

O papel do solo no equilíbrio ambiental

Além de ser a base da produção de alimentos, o solo desempenha funções essenciais como purificação da água, promoção da biodiversidade e regulação climática. O sequestro de carbono orgânico, por meio da fixação de CO₂ atmosférico em resíduos orgânicos, é uma das principais formas de mitigação das mudanças climáticas. No entanto, práticas agrícolas inadequadas podem impactar negativamente essa dinâmica, tornando essencial a adoção de estratégias que promovam o armazenamento de carbono no solo.

Manejo sustentável como solução climática

Entre as práticas destacadas no estudo estão o plantio direto, a recuperação de pastagens degradadas e os sistemas integrados de produção agropecuária. Adotar essas estratégias em larga escala, especialmente nos 1,11 bilhão de hectares ocupados pela agropecuária nas Américas, poderia mitigar até 40% das emissões de gases de efeito estufa do setor.

Carlos Eduardo Cerri, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) e coordenador do Centro de Estudos de Carbono em Agricultura Tropical (CCARBON), explica que o objetivo principal do estudo foi estimar o potencial de sequestro de carbono no solo a partir da ampliação dessas práticas. “Com base nos dados disponíveis, pudemos avaliar como o manejo sustentável pode impactar positivamente a dinâmica do carbono em diferentes regiões das Américas”, afirma o pesquisador.

Resultados promissores e desafios futuros

Maurício Cherubin, vice-coordenador do CCARBON, destaca que a adoção de sistemas sustentáveis em 30% da área agrícola da região poderia gerar resultados expressivos. Ainda assim, esses números podem ser ampliados com práticas mais eficientes e a expansão da adoção.

Por sua vez, Muhammad Ibrahim, diretor de Cooperação Técnica do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), enfatiza a importância do estudo para orientar políticas públicas no combate às mudanças climáticas. Ele ressalta, entretanto, a necessidade de ampliar a geração de dados, especialmente em áreas como América Central, Caribe e região andina, onde as informações ainda são limitadas.

A importância da padronização dos dados

O estudo também aponta para a necessidade de protocolos uniformes de amostragem de solo, recomendando análises em profundidades de até 100 cm para maior precisão. Segundo os autores, essa padronização é essencial para reduzir incertezas e direcionar melhor os recursos destinados a monitoramento e mitigação.

Apesar dos desafios, os resultados representam um avanço significativo na compreensão do papel das práticas sustentáveis na agropecuária para mitigar os impactos climáticos, oferecendo subsídios fundamentais para a ampliação de iniciativas em toda a região.

Práticas de manejo sustentável ajudam a restaurar a saúde do solo e, assim, favorecem o sequestro de carbono.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

Práticas Sustentáveis na Agropecuária Podem Mitigar Emissões de CO₂ nas Américas

Ministério da Saúde vai destinar R$ 150

Práticas Sustentáveis na Agropecuária Podem Mitigar Emissões de CO₂ nas Américas

Força Tática prende mais dois suspeitos envolvidos