Mercado de Trigo Mantém Estabilidade, mas Demanda Segue Lenta
O mercado de trigo nos estados do Sul do Brasil segue com preços estáveis, mas com movimentações reduzidas, influenciado pela retração da demanda e pelas oscilações do dólar, conforme análise da TF Agroeconômica.
No Rio Grande do Sul, os moinhos estão adquirindo apenas para a segunda quinzena de março, mantendo o mercado travado. A alta do dólar no final de dezembro resultou em estoques alongados, o que pode conter a valorização dos preços no curto prazo. Atualmente, o pão é negociado entre R$ 1.280 e R$ 1.300 a tonelada, enquanto o branqueador varia de R$ 1.550 a R$ 1.600, ambos FOB. Já a exportação de trigo, impulsionada por um câmbio mais favorável, registrou preços de R$ 1.350 para trigo Milling, com entrega e pagamento previstos para fevereiro.
Em Santa Catarina, o cenário também é de estabilidade e baixa movimentação. As ofertas na região de Mafra estão em R$ 1.400 CIF, enquanto em Três Barras o valor chega a R$ 1.430 CIF e, em Campos Novos, a R$ 1.440 CIF. Em Pinhalzinho, a tonelada é comercializada por R$ 1.500. O trigo importado, trazido pela Serra Morena, segue em alta, com preços superiores a R$ 1.700 no porto e chegando a R$ 1.800 no interior. Os valores pagos aos triticultores catarinenses permanecem relativamente estáveis, como em Canoinhas (R$ 72,00/saca) e Joaçaba (R$ 74,33/saca).
No Paraná, o mercado segue em ritmo lento, com compradores aproveitando oportunidades para adquirir trigo a preços reduzidos e ampliar os estoques. As últimas indicações apontam valores de R$ 1.500 por tonelada no norte do estado, com compradores oferecendo até R$ 1.450 para liberar espaço nos armazéns. Nos Campos Gerais, os preços variam entre R$ 1.400 CIF para compradores já abastecidos e R$ 1.450 CIF para os não abastecidos, enquanto vendedores pedem R$ 1.500 FOB para trigo de boa qualidade. O trigo importado, por sua vez, está sendo negociado entre US$ 280 e US$ 290 a tonelada, posto no porto, com acréscimo do frete até o interior.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio