• 30 de janeiro de 2025
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Qualidade de materiais é crucial para eficiência e durabilidade de biodigestores, apontam especialistas

O biogás tem se consolidado como uma solução estratégica na geração de energia limpa no Brasil, contribuindo para a diversificação da matriz energética e a redução de impactos ambientais. Produzido a partir da decomposição de matéria orgânica, como dejetos animais, resíduos agrícolas e alimentares, o biogás transforma resíduos em energia renovável, alinhando-se aos princípios da economia circular. Segundo a Associação Brasileira de Biogás (ABiogás), o país possui um dos maiores potenciais de geração de biogás do mundo, com capacidade estimada em até 120 milhões de metros cúbicos por dia.

No entanto, a eficiência e a longevidade dos sistemas de biodigestão dependem diretamente da qualidade dos materiais utilizados, especialmente das geomembranas, que revestem os biodigestores e garantem a estanqueidade do processo. “As geomembranas são fundamentais para assegurar a contenção segura dos resíduos orgânicos e a captura eficiente do biogás, além de proteger o sistema contra agentes externos, como intempéries e desgaste ao longo do tempo”, explica Marcelo Kerber, coordenador técnico da BioTer, empresa parceira da Nortène, especializada no desenvolvimento e comercialização desses produtos.

Geomembranas: segurança e eficiência em ambientes desafiadores

As geomembranas desempenham um papel crucial na prevenção de vazamentos e perdas de biogás, além de aumentar a durabilidade dos biodigestores. “Esses materiais precisam oferecer resistência e estanqueidade, mesmo em condições agressivas. As geomembranas atendem a esses requisitos, garantindo a robustez necessária para o funcionamento seguro e eficiente do sistema”, destaca Kerber.

Além da durabilidade, as geomembranas se destacam por sua flexibilidade, facilidade de instalação e baixo custo de manutenção, características que as tornam uma opção econômica e sustentável para produtores rurais e empresas do setor. “O uso desses materiais reduz custos operacionais e evita perdas no processo de captura do biogás, reforçando a viabilidade dos projetos de energia limpa”, complementa o especialista.

Normas técnicas e qualidade assegurada

A Nortène, líder no fornecimento de geomembranas no mercado, reforça a importância da qualidade dos materiais para o sucesso dos biodigestores. “Nossos produtos são fabricados com resinas 100% virgens e aditivos UV, garantindo vida útil prolongada e resistência a condições adversas”, afirma Sérgio Costa, engenheiro civil e ambiental com foco em Geossintéticos na Nortène. A empresa também ressalta a necessidade de seguir a norma brasileira ABNT 16199, que estabelece as melhores práticas para instalação, minimizando riscos de falhas, como furos ou danos nas soldas, que podem comprometer o desempenho do sistema.

Desafios e oportunidades para o setor

Apesar do potencial do biogás no Brasil, a implementação de biodigestores ainda enfrenta obstáculos, como a complexidade técnica do processo de biodigestão e barreiras econômicas e regulatórias. “É essencial que o país invista em políticas públicas de incentivo ao setor e promova a capacitação técnica das empresas envolvidas”, defende Kerber.

Um exemplo de sucesso é o projeto desenvolvido pela BioTer na Granja do Ipês, em Glória de Dourados, Mato Grosso do Sul. Com um plantel de 3.700 matrizes suínas, a granja gera aproximadamente 60.000 kWh de energia limpa por mês, utilizando geomembranas para garantir a estanqueidade e a eficiência do sistema de biodigestão. O projeto foi apresentado na COP 27 como um modelo de sustentabilidade, destacando o potencial do biogás como alternativa energética viável e ambientalmente responsável.

Com investimentos em tecnologia e materiais de alta qualidade, o biogás pode se consolidar como uma das principais fontes de energia renovável no Brasil, impulsionando a transição para uma economia mais sustentável e eficiente.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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