Empresas Brasileiras Enfrentam Desafios na Implementação de Normas de Sustentabilidade
Uma pesquisa conduzida pela RSM, sexta maior empresa global nos setores de auditoria, consultoria e contabilidade, revelou que 65% das empresas brasileiras não estão preparadas para implementar as normas IFRS S1 e S2. O estudo, intitulado ESG Latin America Landscape 2024, analisou os desafios enfrentados por 200 empresas da região em relação à adoção dessas normas internacionais voltadas à sustentabilidade.
As normas IFRS S1 e S2 foram criadas com o objetivo de padronizar a divulgação de informações sobre sustentabilidade, enfatizando aspectos como governança, estratégias e impactos climáticos. Apesar de o Brasil ocupar um papel de destaque em questões ambientais, o estudo aponta que 47% das empresas do país enfrentam dificuldades relacionadas a indicadores de desempenho e supervisão. Além disso, 29% priorizam a medição do impacto social e os investimentos associados.
Integração de Estratégias ESG e Relatórios Financeiros
Outro ponto crítico destacado pelo relatório é a necessidade de maior integração entre estratégias ESG (ambiental, social e de governança) e práticas de reporte financeiro. De acordo com Laércio Soto, CEO da RSM Brasil, a sustentabilidade deve ser encarada não apenas como uma obrigação regulatória, mas também como uma ferramenta para impulsionar a rentabilidade e garantir acesso a condições mais favoráveis de financiamento. “Isso se refere diretamente ao coração da estratégia financeira corporativa, revelando um avanço no estado de maturidade em relação à compreensão e valor do desenvolvimento ESG”, afirmou Soto.
Desafios na América Latina
Na América Latina, 57% das empresas reportam atraso na implementação dos padrões de sustentabilidade. Embora o Brasil tenha avançado na medição do impacto social, desafios como a adoção do conceito de dupla materialidade ainda persistem. O relatório reforça a importância de políticas robustas e de uma liderança comprometida para melhorar o desempenho ESG na região.
A análise sublinha a urgência de que as empresas superem as barreiras existentes e reconheçam a sustentabilidade como um eixo central para a competitividade e a longevidade no mercado global.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio