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Avanço da Colheita Impulsiona Mercado de Feijão Carioca, com Desafios para Lotes Comerciais

O mercado brasileiro de feijão carioca experimentou uma semana de maior movimentação, impulsionada pela intensificação da oferta, devido ao avanço da colheita, especialmente no Paraná, e pela expectativa de aumento nas colheitas das regiões de Minas Gerais e Goiás. No entanto, as negociações foram divididas entre feijões de qualidade superior e comercial, com desafios distintos para cada segmento, conforme análise do consultor da Safras & Mercado, Oliveira.

Segmentação de Mercado: Produtos Premium X Comerciais

Feijões de boa qualidade, como os extra nota 9,5 originários de Goiás, continuaram com forte demanda, sendo negociados a R$ 270,00 por saca. Feijões com nota 8,5 também apresentaram boa liquidez, com preços em torno de R$ 220,00 por saca. Por outro lado, o segmento comercial enfrentou dificuldades devido à grande oferta de lotes de qualidade inferior. Feijões de nota 8, que estavam sendo negociados a R$ 190,00, e transações de volumes maiores chegaram a R$ 150,00 por saca.

De acordo com o consultor, o clima, com chuvas acima da média, afetou negativamente a qualidade dos grãos colhidos, dificultando a formação de estoques de padrão superior. Embora a liquidez para feijões premium tenha se mantido, a pressão sobre os feijões comerciais e a cautela dos compradores, que aguardam uma recuperação no consumo varejista, dominaram o mercado. A segmentação entre produtos de alta qualidade e comerciais se consolidou, com o futuro do mercado dependendo da estabilização climática e da dinâmica entre oferta e demanda no varejo.

Mercado de Feijão Preto: Baixa Liquidez e Redução nos Preços

No segmento de feijão preto, Oliveira relatou que o mercado enfrentou uma semana de baixa liquidez e retração dos compradores, em razão da ampla oferta gerada pelo avanço da colheita no Sul do Brasil. A intensificação da safra pressionou os preços para baixo, especialmente para produtos de qualidade inferior, enquanto os lotes de padrão superior mantiveram sua atratividade.

Os preços do feijão preto caíram de R$ 240,00 para R$ 230,00 por saca, uma queda de 4,35%. Lotes extra de alta qualidade foram negociados a R$ 200,00 por saca, enquanto feijões de boa qualidade provenientes do Paraná ficaram em torno de R$ 190,00 por saca. Feijões de qualidade inferior, mesmo com descontos, enfrentam dificuldades de escoamento, refletindo a preferência dos compradores por lotes superiores.

Perspectivas para o Mercado

Os compradores adotaram uma postura cautelosa, realizando aquisições mínimas para reposição de estoques. Muitos lotes estão sendo armazenados, com a expectativa de recuperação nos preços, especialmente se o mercado varejista se estabilizar. O consultor Oliveira acredita que o futuro do mercado dependerá da velocidade da colheita e da estabilização climática, que serão fatores determinantes para os preços e para a segmentação entre feijões de alta qualidade e comerciais.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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