Representantes de vários setores decidiram unir forças para cobrar uma resposta da concessionária de energia elétrica para os constantes problemas registrados em Rondonópolis. O assunto foi tema de uma reunião ampliada convocada ontem (19) pelo presidente do Sanear, Paulo José Correia, com a participação do prefeito José Carlos do Pátio, do presidente da Câmara, Júnior Mendonça, e dirigentes da ACIR, CDL, Sinduscom, Uramb, Unisal, Procon, FIEMT, além da secretaria municipal de Educação e da Diretoria Regional de Educação.
Eles aprovaram uma série de medidas que serão apresentadas à direção da Energisa na próxima segunda-feira (23), numa reunião em Cuiabá com representantes do Governo do Estado e da bancada de Mato Grosso no Senado Federal. O objetivo é garantir ações concretas para acabar com as frequentes quedas e oscilações no fornecimento de energia elétrica em Rondonópolis.
“Quando há o envolvimento da sociedade civil com o Poder Público a cidade ganha. Este é um movimento focado no interesse público, sem conotação política. Saímos daqui unidos e atuaremos juntos na defesa de Rondonópolis”, afirmou Paulo José.
O prefeito José Carlos do Pátio e o presidente da Câmara Municipal, Júnior Mendonça, elogiaram a iniciativa. Pátio criticou a falta de planejamento da Energisa e disse que a sociedade precisa reagir. Já Mendonça defendeu medidas mais firmes contra a concessionária.
“Devemos ir para o embate. É preciso esticar essa corda. O Procon já aplicou algumas multas, mas acho até que são pequenas. Temos que fazer multas que dobrem reiteradamente em caso de reincidência. Não podemos aceitar mais as coisas como estão. Pagamos um valor absurdo e não temos o serviço”, ponderou o presidente da Câmara.
A presidente da ACIR, Marchiane Fritzen, chamou a atenção para os problemas causados no setor da Saúde. “É muito grave. Os hospitais também estão sendo afetados e não temos uma resposta da concessionária sobre essa situação. Há vidas em jogo”, alertou.
O presidente da CDL, Tiago Sperança e os representantes do Sinduscom, Flávio Garcia de Souza Júnior, e da FIEMT, Wagner Gabarre e José Carlos Dorte, também cobraram uma resposta urgente. Segundo eles, a instabilidade no fornecimento de energia prejudica as empresas e indústrias já instaladas e afasta novos investimentos em Rondonópolis e no estado.
Já os representantes do movimento comunitário, Nelsivon Gomes (Unisal) e Matias Miranda (Uramb), afirmaram que o descaso da concessionária tem causado sofrimento nos bairros da cidade. Conforme eles, todos os dias as associações de moradores recebem relatos de pessoas afetadas pela situação.
Além da imposição de multas mais altas e da exigência de um plano de investimentos da Energisa, os participantes da reunião também vão propor a reestatização do serviço caso a empresa demonstre não ter capacidade de prestar um serviço adequado à população.