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Celso Banazeski sugere recursos e apoio técnico a pequenos produtores através dos consórcios de desenvolvimento

| Por Sérgio Ober

O agronegócio está mudando o panorama econômico e social de Mato Grosso, Estado que deve produzir 41,4 milhões de toneladas de soja na safra 2022/2023, um resultado maior que o da Argentina, que colhe 33 milhões de toneladas do grão. No entanto, essa realidade traz desenvolvimento para poucos municípios, como Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Primavera do Leste. Nos municípios pequenos, o agronegócio pode gerar problemas sociais, reduzir emprego e renda e incentiva os agricultores familiares a abandonarem o campo para morar nas cidades maiores.

O secretário adjunto de Estado de Desenvolvimento Regional, Celso Banazeski, diz que a falta de planejamento pode prejudicar a economia dos municípios menores. “O agronegócio é concentrador de renda. Os grandes proprietários rurais estão arrendando ou comprando as pequenas ,o que leva os agricultores familiares a migrarem para cidades maiores, criando bolsões de pobreza e reduzindo ainda mais a população das cidades pequenas”, observa.

Para lidar com esse problema e atender os municípios com menos de 20 mil habitantes, Banazeski sugere a implantação de equipes técnicas nos consórcios intermunicipais de desenvolvimento econômico. “A maioria dessas cidades não possui condições financeiras para manter equipes técnicas para inspeção sanitária ou licenciamento ambiental. A descentralização permitiria que as licenças fossem emitidas em cerca de 20 dias, em vez de um ano ou mais se dependesse da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, a Sema”, comenta.

Banazeski aponta que, de acordo com o IBGE, em 2010 Mato Grosso tinha 102 municípios com menos de 20 mil habitantes, e na prévia do senso de 2022, o Estado tem 103 municípios com população menor de 20 mil moradores. O secretário adjunto destaca que cerca de 25 cidades devem registrar crescimento demográfico em Mato Grosso, enquanto a maioria está estagnada ou perdendo população.

LINHAS DE CRÉDITO

Celso Banazeski participou de uma reunião com o vice-governador Otaviano Pivetta e representantes de instituições financeiras para discutir o MT Garante, um fundo que vincula recursos financeiros para operações de financiamento contratadas através da Desenvolve MT, cooperativas de crédito e outras instituições financeiras públicas e privadas. As cooperativas de crédito poderão financiar os pequenos negócios com juros menores, subsidiados e com a garantia do Governo do Estado.

No encontro, Celso Banazeski sugeriu que a liberação desses recursos priorize os municípios pequenos, que têm dificuldades de acesso a recursos. “O vice-governador Piveta pediu a mim a elaboração de um projeto com proposta para garantir o fomento econômico dos municípios e a descentralização do licenciamento ambiental e dos serviços de inspeção via consórcios. Já estou com essa proposta pronta e encaminhada ao Piveta. Isso representa um avanço importante para o desenvolvimento da economia rural dos municípios”, garante o secretário adjunto de Desenvolvimento Regional.

SEBRAE

Celso Banazeski também quer a contribuição do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para o desenvolvimento dos municípios mais pobres do Estado. “Procurei o Sebrae, que tem muito know-how de incentivo aos pequenos negócios, e solicitei a eles uma proposta, que também já apresentamos ao secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho. Ele gostou, pediu algumas modificações e vai apresentar ao governador Mauro Mendes para contratar o Sebrae. É um projeto que vai durar três anos. Vamos identificar o potencial de cada município e usar esse potencial para propor ideias de desenvolvimento”, explica.

“Temos que incentivar o criador de suínos, por exemplo, a beneficiar a sua produção, transformando o porco em linguiça, carne defumada e uma série de outros produtos que agregam mais valor à sua produção do que simplesmente vender o animal inteiro. Há uma série de outras possibilidades de novas pequenas agroindústrias, tornando um círculo virtuoso. É produzir, agregar e reter. E o Sebrae tem todo o conhecimento necessário para buscar o mercado para esses produtos beneficiados”, pontua Banazeski.

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