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Parentes de presos por 4 mortes têm casas vasculhadas pela PJC

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A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deu continuidade a Operação Kalypto, que investiga o sequestro e morte de quatro maranhenses em Cuiabá. Nesta segunda-feira (6), foram cumpridos mandados de buscas e apreensão na residência dos familiares de dois alvos da Operação, no Bairro Areão, na Capital.

Na ocasião, uma mulher de 47 anos foi prela pela Polícia Civil por tráfico de drogas. Ela estava com drogas escondidas nas partes íntimas e se recusava a entregar o celular. O objetivo da ação era apreender os celulares de dois dos alvos que estão presos, para dar sequencia nas investigações.

Até o momento, a PJC conseguiu esclarecer que os maranhenses Tiago Araújo, 32 anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23, Geraldo Rodrigues da Silva, 20, e Clemilton Barros Paixão, também de 20, foram mortos com tiros na cabeça. Em seguida, foram decapitados e esquartejadas por membros da facção criminosa, Comando Vermelho.

As vítimas desapareceram há cerca de dois anos, quando foram sequestradas de dentro de uma quitinete, localizada no Bairro Renascer, em Cuiabá. Os corpos nunca foram encontrados.

No entanto, segundo a Polícia Civil, ficou comprovada a morte de todas as vítimas. A suspeita pelo sequestro, seguido de morte é de que as vítimas fizessem parte de uma facção rival.

A operação Kalypto foi deflagrada no dia 24 de janeiro para cumprimento de 18 mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes do Comando Vermelho e cinco de prisão temporária. Dois alvos de prisão já estão encarcerados na Penitenciária Central do Estado (PCE) e um está foragido. “Outros dois (presos) usam tornozeleira, inclusive usavam o equipamento quando cometeram o crime. Então, pouco se importavam em serem detectados quando fizeram essa barbaridade”, informou o delegado.

Os executores dos crimes foram identificados parcialmente como Vinícios Barbosa da Silva (Melancia), de 28 anos; Cleiton Ozorio Carvalho Luz (Mané), de 38 anos; Cleison Thiago Xavier dos Santos Luz, de 23 anos; Marcelo Wagner Cruz de Oliveira (Macaco ou índio), de 34 anos; Igor Augusto da Silva Carvalho (Barbado), de 27 anos; Leondas Almeida de Jesus (Léo Maconha, de 25 anos), e Gabriel Ítalo da Silva Costa (Torto), de 28.

Léo Maconha seria um dos principais líderes do Comando Vermelho na região do Bairro Renascer. Ele está foragido com Gabriel Ítalo e outro alvo que não foi identificado. O delegado Caio Albuquerque, que está à frente do caso chamou atenção e classificou como “falácia” o fato dos homicídios sem ter encontrado os corpos.

 “Não temos ainda os corpos, mas nem por isso a polícia e a Segurança Pública vão ficar inertes. Temos tantos casos que, mesmo sem corpos, pessoas foram presas e responsabilizadas. Então, usando o português claro: conversa fiada dizer que sem corpo não há crime. Isso é uma falácia. Sem corpo há crime sim. Caso seríssimo e preocupante que mostra o poder das facções e até que ponto eles chegam para demonstrar a dominação territorial”, comentou.

Fonte: Folha Max

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