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Delegado descarta “violenta emoção” e afirma que crime foi planejado por filho de deputado

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O delegado da Polícia Civil, Marcel Oliveira Gomes, que está à frente das investigações do duplo homicídio da servidora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Thays Machado, de 44 anos,  e o namorado dela, William César Moreno, de 30 anos, afirmou que o crime foi “altamente planejado” pelo autor, o administrador, Carlos Alberto Gomes Bezerra, de 57 anos, filho do deputado federal, Carlos Bezerra (MDB).

“A meu ver, já falo diante de tudo que foi verificado. Posso falar preliminarmente, foi algo altamente pensado. Não vejo ali algo repentino pra vir tratar de ‘violenta emoção’, o cara foi arrebatado por algo que ele foi pego de surpresa? Não. É algo planejado, pensado, articulado e buscou exatamente aquilo de forma premeditada”, disse nesta quinta-feira (19), em coletiva à imprensa.

Carlos Alberto é ex-marido de Thays, os dois tiveram um relacionamento por três anos e estavam separados há cerca de um mês. A mulher estava namorando William há duas semanas. O administrador não aceitava o término do relacionamento e passou a perseguir a vítima, tendo inclusive, a ameaçado um dia antes do crime, motivo pelo qual Thays procurou a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência.

“Ele abordou ela após deixar o aeroporto, e mostrou uma arma para ela em ameaça, e por isso que ela buscou ajuda e registrou essa ocorrência. Além disso, através de relato de familiares, foi constatada que ela já demonstrava um desconforto, porque o suspeito se tratava de uma pessoa extremamente ciumenta e possessiva. E também tem um fato mais atual, de que o suspeito já teria ameaçado uma pessoa dentro das dependências do Tribunal de Justiça de Mato Grosso”, afirmou.

Após o crime, praticado no bairro Consil, em Cuiabá, na tarde desta quarta-feira (18), o suspeito fugiu e foi preso poucas horas depois em uma fazenda, em Campo Verde (131 km da Capital). No local, ele confessou o duplo homicídio e entregou a arma usada por ele, uma pistola calibre 380. Em depoimento, o administrador chegou a alegar estar arrependido, disse sofre de diabetes e está em estágio de neuropatia. Isso, segundo ele, lhe causou “descompensa emocional”, motivo para ter atirado nas vítimas.

“O que a gente busca esclarecer agora é refutar, afastar esses fatos que ele alegou que estava emocionado, que não passa de uma prática de defesa. Alegar que a vítima reagiu, que está abalado emocionalmente a gente sabe, a gente está acostumado a trabalhar com esse tipo de situação aqui diariamente, e existe técnicas que a gente vai buscar tirar de cena essas alegações. A partir de agora as investigações entram em análises técnicas”, enfatizou.

O delegado ainda ressaltou que as câmeras de segurança da região demonstraram que ele estava perseguindo a ex-esposa. “Temos informações que ele já vinha rondando o prédio dias antes do crime. a gente tem as imagens que no dia anterior ao crime, na terça-feira, ele já estava rondando o prédio da vítima, então você constata que foi algo pensado, premeditado, e era algo que ele tinha realizando abordagens. Então pessoa que já vinha realizando rondas na casa da vítima de porte de arma de fogo, algo já poderia se esperar”.

Fonte: Folha Max

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