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PM nega ter sido acionada por professora morta pelo marido e fala em “fake news”

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Após ser acusada de omissão de socorro por vizinhos da professora Válere Petronetto, morta aos 48 anos pelo marido, Bruno dos Santos Diesel, de 26 anos, no último sábado (10), a Polícia Militar de Mato Grosso esclareceu que na data do feminicídio não recebeu nenhum chamado de ocorrência via 190. Bruno matou a esposa, com golpes de faca, na casa onde o casal morava, em Lucas do Rio Verde (320 km de Cuiabá).

As acusações de que teria ocorrido omissão e até recusas de policiais militares para atender chamados que buscavam prestar socorro à vítima, durante agressões em datas anteriores ao homicídio, foram feitas por vizinhos da professora.  

A nota de esclarecimento foi feita após moradores denunciarem que acionavam a Polícia Militar para ajudar a educadora, mas não eram atendidos. No documento, a corporação trata como “fake news” o vídeo onde Válerie aparece gritando e pedindo socorro durante uma das sessões de espancamento, que teria sido feito por um de seus vizinhos, há cerca de uma semana antes do assassinato. 

De acordo com relatos, a mulher era vítima constante de agressões e que a vizinhança ligava reiteradas vezes para a delegacia da cidade denunciando o crime, mas os policiais faziam pouco caso e não iam até o local. Em uma das vezes, segundo um morador, um policial que atendeu a chamada de uma das denúncias teria afirmado que ninguém iria até o local. Além disso, ele teria ameaçado a pessoa dizendo que se continuasse ligando iria revelar ao agressor a identidade de quem denunciava.

No entanto, a instituição alega que, segundo investigações preliminares, a filmagem é de setembro desse ano e que não foi acionada pelos moradores no dia 10 de dezembro, data em que Válere foi morta. Além disso, a PM disse apura se houve qualquer ocorrência que não tenha sido atendida e que a região conta com o programa Patrulha Maria da Penha e os chamados podem ser feitos pelo 190 ou disque-denúncia.

O CASO

O corpo da vítima foi encontrado em estado de decomposição pelo ex-marido que sentia um forte cheiro vindo do local. A casa estava revirada com marcas de sangue em vários cômodos, indicando que houve uma briga antes do crime. Investigações da Polícia Civil apontaram que o suspeito era o atual namorado da professora, uma vez que ela era vítima constante de agressões. Uma caçada se iniciou e Bruno dos Santos Diesel foi preso em Dourados, em Mato Grosso do Sul.

Conforme os policiais, ele estava embarcando em um ônibus para o Paraná, estado onde residia antes de se relacionar com Valerie. Ele abandonou o veículo da vítima nas proximidades da rodoviária de Lucas do Rio Verde, após ter embarcado para Dourados. Em seu depoimento ele contou que após matar a mulher, ficou em casa com o corpo dela e comprou cerveja no cartão dela, além de tramar a fuga. Quando o corpo começou a exalar odor, ele o colocou em um dos cômodos e fugiu. Bruno foi indiciado por feminicídio e ocultação de cadáver.

NOTA DA PM

A Polícia Militar de Mato Grosso esclarece que não recebeu chamado para atendimento de equipe policial na data em que teria ocorrido o feminicídio de Valerie Angelita Petroneto, em Lucas do Rio Verde.

A respeito de um vídeo que circula nas redes sociais, a PM ressalta se tratar de possível Fake News, pois apurações preliminares apontam que a gravação teria ocorrido em setembro deste ano. Além disso, a investigação do caso ocorre fora do âmbito da Polícia Militar.

A Polícia Militar reitera ainda que apura se houve qualquer ocorrência que não tenha sido atendida.

A PMMT reforça que a região conta com o programa Patrulha Maria da Penha e os chamados podem ser feitos pelo 190 ou disque-denúncia 0800.065.3939.

Fonte: Folha Max

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