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Familiares de cantor morto pedem suspeição de juiz

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Familiares de Ramon Alcides Viveiros, que morreu após ser atropelado em frente à Valley Pub em Cuiabá em 2018, pediram que o juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, seja declarado suspeito no julgamento do caso. O magistrado desclassificou a conduta da autora do crime Rafaela Screnci de dolosa para culposa, e a livrou de julgamento pelo Tribunal do Júri. Eles alegam que há história pregressa entre Perri e o pai de Ramon, o procurador aposentado Mauro Viveiros.

A arguição de suspeição foi apresentada por Mauro Viveiros, Regina Reverdito Viveiros, Victoria Regina Viveiros e Mauro Viveiros Filho, que são assistentes de acusação na ação penal contra a bióloga Rafaela Screnci.

No último dia 24 de outubro o juiz Wladymir Perri desclassificou a conduta de Rafaela de dolosa para culposa. Ele levou em consideração o fato de que Rafaela estava bêbada no momento do acidente, mas analisou os laudos periciais e entendeu que a bióloga não cometeu excesso “extraordinário”, que não houve “indiferença da acusada” e sobre a ré supostamente ter tentado fugir do local, o juiz apontou que o fato não foi descrito na denúncia.

O argumento dos assistentes de acusação contra o magistrado é que Mauro Viveiros, enquanto atuava no Ministério Público em 2013, contribuiu para a apresentação de uma queixa-crime contra Perri, que à época atuava em Rondonópolis. Quem atuava na 12ª Vara Criminal de Cuiabá era o juiz Flávio Miraglia, que recebeu a denúncia contra Rafaela e conduzia o processo.

Miraglia também era o juiz do caso da médica Letícia Bortolini, que atropelou e matou o verdureiro Francisco Lúcio Maia. As duas ações agora são conduzidas pelo juiz Wladymir Perri e em ambos os casos as condutas foram desclassificadas para culposa, o que acabou livrando as rés de julgamento pelo Tribunal do Júri.

Fonte: Folha Max

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