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Mesmo preso, empresário simula venda de posto; veja lista de alvos da PF em MT

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A deflagração da segunda fase da Operação Jumbo, na manhã da última quinta-feira (22), foi resultado de investigações e da apuração do material contido nos telefones celulares apreendidos após a primeira fase da operação. Os policiais federais que conduzem os trabalhos apontaram diversas movimentações financeiras suspeitas, inclusive a negociação de um posto de combustível, adquirido pelo líder da organização criminosa, Tiago Gomes de Souza, o Tiago Baleia, um dia antes de ele ser preso em maio deste ano.

A operação foi deflagrada pela Polícia Federal, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que utilizava movimentações financeiras utilizando postos de combustível para ‘lavar’ o dinheiro oriundo dos lucros obtidos com o tráfico de drogas. Na ocasião, foram cumpridos mandados de prisão preventiva contra Tiago Pinto Lopes, Michel Padilha da Silva, André Luiz Veloso, Matheus Souza dos Santos, Swamy Acre Rio Branco Maduro, Geovani Carvalho de Queiroz, Cleverson Luiz Mattiuzzi, Fernando da Silva Porto e Antônio Marcos Santos Silva.

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra Tiago Pinto Lopes, Karen Tatiane Pinto Lopes, Michel Padilha da Silva, André Luiz Veloso, Matheus Souza dos Santos, Tahinara Aguilar Montano, Swamy Acre Rio Branco Maduro, Geovani Carvalho de Queiroz, Cleverson Luiz Mattiuzzi, Antônio Marcos Santos Silva, além das empresas Posto Alecrim, Giro Comercial e Transporte, MSS Transportes, Aguilar Transportes, Máxima Transportes e Logística de Cargas, Semear Comércio, Importação e Exportação de Cereais e Vapt Vupt Transporte Rodoviário de Cargas Ltda. As investigações apontaram que um dia antes de ser preso, Tiago Gomes de Souza, o Tiago Baleia, adquiriu um terceiro posto de combustível, sendo este o Posto Alecrim.

Os policiais descobriram ainda que, mesmo preso, o empresário vendeu o estabelecimento comercial recém-comprado para Antônio Marcos Santos Silva e Michel Padilha da Silva, em 11 de julho de 2022, por R$ 200 mil. Os policiais apontaram ainda que o valor pago é muito menor que o de fato foi investido por Tiago Baleia, que adquiriu o posto por R$ 1,9 milhão, além dos três terrenos onde o estabelecimento foi construído, por mais R$ 700 mil.

Segundo os investigadores, trata-se apenas de uma manobra feita para ocultar o patrimônio do líder da organização criminosa, preso na primeira fase da operação. Um dos principais alvos da segunda fase da operação foi Michel Padilha da Silva.

Ele é um dos sócios da empresa Semear Comércio, Importação e Exportação de Cereais. Ele já esteve envolvido em um esquema de corrupção que envolvia licitações irregulares na Câmara Municipal de Cuiabá. Ele, que chegou a tentar fugir dos policiais federais durante a deflagração da operação, também é apontado como um dos integrantes do grupo que executou a tiros o empresário Wagner Florêncio Pimentel, em 2019.

O caso teria sido uma queima de arquivo relativa a Operação Crédito Podre, que investigava um esquema de sonegação fiscal. “A qualificação de Michel teria permanecido obscura até a deflagração da Operação Jumbo, contudo, considerando que na agenda telefônica de Tiago Baleia, o único contato cadastrado que faz referência a Michel é o telefone e que os diálogos de WhatsApp dos quais ele figurava como interlocutor versavam justamente sobre transferência de valores à empresas administradas pelo usuário daquele número, os investigadores teriam descoberto o referido Michel se tratava de Michel Padilha da Silva, cônjuge de Fabrícia Magalhães de Macedo, contadora dos empreendimentos de Tiago Baleia”, diz trecho da decisão.

Fonte: Folha Max

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