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Justiça solta 1 e mantém prisão de 3 morte morte de advogado em Cuiabá

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Três suspeitos da morte do advogado Antônio Padilha de Carvalho tiveram prisão temporária convertida em preventiva pela Justiça. Eles são integrantes do Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Cuiabá (Sintramm).

A decisão é do juiz João Bosco Soares da Silva e foi publicada na terça-feira (6). As investigações da Polícia Civil apontaram que o assassinato do advogado Antônio Padilha, ocorrido em dezembro de 2019, em Cuiabá, foi encomendado depois que ele denunciou desvio de dinheiro por membros da diretoria.

Em agosto deste ano, a Polícia Civil cumpriu mandados de prisão temporária contra quatro suspeitos de envolvimento no crime, sendo dois supostos mandantes. Adinaor Farias da Costa, Joemir Ermenegildo Siqueira e Rafael de Almeida Saraiva tiveram as prisões convertidas em preventiva.

Já Alisson Tiago de Assis Silva teve a prisão alterada por medida de prisão diversa e passará a usar tornozeleira eletrônica. Na decisão, o juiz cita que a polícia constatou que Adnaor e Joemir “buscam cooptar testemunhas que eram intimadas para serem ouvidas na investigação”.

Segundo a investigação, a suposta motivação do crime foram as irregularidades encontradas pela vítima na gerência do sindicato. Entre elas, desvios de recursos, que eram distribuídos em contas dos envolvidos e, depois, repartidos entre o grupo.

A TV Centro América aguarda posicionamento da defesa de Adinaor Farias e tenta localizar os advogados dos outros citados.

O crime aconteceu no dia 4 de dezembro de 2019. Carvalho e a esposa estavam de carro e pararam em um semáforo no cruzamento entre a Rua Benedito de Camargo com a Avenida Dante Martins de Oliveira, no Jardim Leblon, em Cuiabá.

Uma moto com dois ocupantes emparelhou com o veículo e um dos suspeitos disparou cinco vezes, acertando a vítima na cabeça, pescoço e tórax. A esposa foi atingida por estilhaços.

Segundo o delegado Marcelo Gomes de Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), “a vítima era fundadora do sindicato e, junto a um grupo de funcionários descontentes, havia proposto uma ação para destituir a diretoria, após ser descoberto um esquema de desvio de dinheiro”, revelou.

Carvalho foi morto seis dias antes da audiência. “A morte intimidou, deixou as pessoas com medo. Tanto que desistiram da ação após a morte, a denúncia perdeu força”, apontou o delegado.

Ainda segundo o delegado, o crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, foi descartado desde o início das investigações, já que não havia nenhum objeto de valor no veículo e nada foi levado.

Na época, a defesa de Adinaor Farias, ex-presidente do sindicato, disse que espera que a Justiça entenda pela soltura dele. Do contrário, entrará com pedido de habeas corpus. Disse que Adinaor é inocente, que sempre se colocou à disposição das investigações e que foi preso indevidamente.

Fonte: Folha Max

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