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Novos juízes começam curso de formação preparativo para assumirem comarcas

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Antes da entrega da prestação jurisdicional, a preparação. É assim que os 10 novos juízes(as) recém-empossados(as) no Poder Judiciário de Mato Grosso se organizam para assumir as comarcas no interior do Estado a partir de outubro. Na sexta-feira (19 de agosto), eles participaram do primeiro encontro do Curso Oficial de Formação Inicial para juízes e juízas (Cofi), elaborado pela Corregedoria-Geral da Justiça e Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso.
 
O Cofi contempla o conteúdo programático proposto pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de temáticas de interesse do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso. Metodologicamente, o foco principal traz o protagonismo do aluno-juiz na construção do seu próprio conhecimento, promovendo a participação, a interação e a possibilidade de uma aprendizagem do dia a dia da vida funcional do juiz e da juíza.
 
Nesse primeiro encontro, representando a Presidência, estava o juiz auxiliar Paulo Márcio Soares de Carvalho, que comentou com os magistrados que todos os juízes mais antigos já trilharam o mesmo caminho e a experiência deve sempre ser considerada. “O Estado de Mato Grosso é diferenciado, de proporção continental, com várias facetas e culturas, as quais precisam ser respeitadas. Os senhores precisam aprender a conviver com essa diversidade. A desembargadora Maria Helena Póvoas falou ontem [na cerimônia de posse] sobre a humildade e isso a gente aprende nas vicissitudes e nos perrengues. Levem e creiam na família de vocês. É com eles que vocês poderão dialogar e se confidenciar, pois nossa vida é sacerdotal.”
 
O corregedor-geral da Justiça, desembargador José Zuquim Nogueira, também esteve presente e apresentou parte do trabalho desenvolvido pela Corregedoria, além de colocar a coordenadoria “sempre à disposição” dos juízes “para apoiá-los em todos os momentos necessários”. Aproveitou ainda para fazer recomendações: “vocês serão os gestores das unidades judiciais que haverão de ser designadas. O papel e o funcionamento da unidade são de responsabilidade de cada um de vocês. O diálogo que deve existir entre o magistrado, o gestor e os servidores é necessário. O controle vocês terão com programas à disposição de vocês. É inadmissível a falta de diálogo e de conhecimento do que ocorre dentro da unidade.”
 
Em nome da Vice-Presidência, coordenada pela desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, estavam os juízes Aristeu Dias Vilella e Edson Dias Reis. Eles destacaram o trabalho realizado pelo órgão, como recurso de admissibilidade e o Núcleo de Gerenciamento de Precedentes e de Ações Coletivas (Nugepnac). Ainda apontaram experiências essenciais para a vida funcional: “cuidem bem da saúde; aprendam a conviver com a palavra ‘não’; reflitam em quem estão se espelhando para ser juiz; aprendam com os juízes que passaram na comarca antes dos senhores; e tenham adesão às pessoas que trabalham e que vivem na comarca.”
 
O diretor-geral da Esmagis-MT, desembargador Marcos Machado, asseverou a necessidade de preparação dos magistrados antes de assumir as comarcas. “As aulas do Cofi apresentam aos juízes(as) uma mistura de teoria e prática, pois não basta aos novéis juízes apenas o arcabouço normativo. Cabe-lhes, sim, a aplicação das leis, mas, sobretudo a proteção das liberdades individuais e a garantia dos direitos sociais. Todavia, a maturidade para julgar vem, certamente, com os anos de atuação funcional, mas é possível aprender a não incorrer em erros e tomar caminhos indesejados a partir da experiência transmitida. Não se pode negar a história daqueles que passaram por ela, com destaque aos êxitos e acertos.”
 
O magistrado explicou ainda que essa edição, por conta do tempo, será realizada em formato concentrado. “Vamos aproveitar o material já produzido para a transmissão via ensino a distância, encontro pontuais e diálogos que vão possibilitar o conhecimento, adaptação, sobretudo porque os dez juízes substitutos nomeados não são de Mato Grosso, ou seja, não conhecem a nossa realidade, não têm identificação cultural, não conhecem a geografia, a história daqui, então nós vamos precisar naturalmente recepcioná-los dessa forma. Eu acredito que com a equipe e, sobretudo com o apoio da Corregedoria e juízes auxiliares, nós vamos alcançar os objetivos.”
 
Responsável pela coordenação do evento, o juiz Eduardo Calmon observou que o curso é uma continuidade do sucesso do Cofi anterior, realizado entre fevereiro e maio de 2022. “Esse é um curso bastante conciso, mas com informações, treinamento, capacitações indispensáveis para que eles possam desempenhar a atividade da maneira mais satisfatória possível. A partir de 3 de outubro, a ideia é que eles já estejam nas comarcas e possam trabalhar à disposição da população, após esse treinamento que é tão importante e essencial para a construção dessa capacidade de habilitação do magistrado para o exercício da atividade jurisdicional.”
 
O Cofi compreende 520 horas-aulas divididas em três partes. Uma delas é o Módulo Nacional, de 40 horas, ministrado pela Enfam. A segunda parte é o Módulo Teórico, ministrado das 8h às 12h, na Esmagis-MT, na qual são apresentadas características e peculiaridades do estado de Mato Grosso. A terceira parte, denominada Módulo Local de Prática Supervisionada, é desenvolvida das 14h às 18h, em unidades judiciais de Cuiabá e Várzea Grande, oportunidade em que vivenciam a experiência diária da rotina funcional do magistrado(a), da secretaria e da própria atividade administrativa, com a prática de atos judiciais e/ou administrativos.
 
De acordo com Calmon, assim que houver a designação da presidente do TJMT, esses juízes vão também jurisdicionar, à distância, por meio do Processo Judicial Eletrônico (PJe), nas unidades judiciais.
 
Participaram ainda das apresentações o juiz auxiliar da Presidência e ouvidor, Rodrigo Curvo; a juíza auxiliar da Corregedoria Christiane da Costa Marques Neves; o juiz-presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam), Tiago Nogueira; e a coordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), Cristiane Padim; além de servidores da Esmagis-MT.
 
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição das imagens: Foto 1 – Imagem colorida e retangular. Juízes-alunos assistem à aula do corregedor-geral, José Zuquim Nogueira. Ele veste terno escuro, camisa branca e segura microfone. Foto 2 – Imagem colorida e retangular. Juiz Paulo Márcio fala e gesticula com as mãos. Ele veste terno escuro, camisa branca. Ao lado, o juiz Eduardo Calmon olha para a frente. Foto 3 – Imagem colorida e retangular. Juízes-alunos assistem ao pronunciamento do desembargador Marcos Machado. Ele fala e segura papel e microfone nas mãos, veste terno escuro, camisa branca. Ao lado, o juiz Eduardo Calmon olha para a frente. Foto 4 – Imagem colorida e retangular. Juízes-alunos assistem à palestra do juiz Eduardo Calmon. Ele fala e segura papel e microfone nas mãos, veste terno azul e camisa branca. Ao lado, o juiz Paulo Márcio e desembargador Zuquim estão sentados.
 
 
Keila Maressa/Fotos: Alair Ribeiro
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT

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