Home Destaque Caseiro no Manso e motorista recebiam como médicos; fraudes chegam a R$...
fullinterna_3


Caseiro no Manso e motorista recebiam como médicos; fraudes chegam a R$ 3 milhões em Cuiabá

| Por


Caseiro numa mansão no Manso, pedreiro, pintor e até motorista de aplicativo. Estas eram as reais profissões de quatro das seis pessoas investigadas até o momento na Operação Chacal, deflagrada nesta terça-feira (3) pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) da Polícia Civil.

Pela denúncia, um grupo de falsos médicos lotados como servidores fantasmas recebia salários e prêmio saúde mesmo sem trabalhar no Pronto Socorro de Cuiabá. De acordo com o delegado Carlos Alvares Santana, que atuou nas investigações da Deccor, a apuração das irregularidades começou após um ofício enviado pelo ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho.

O montante desviado apenas com o pagamento irregular dos seis “médicos”, que sequer tinham formação em Medicina, muito menos registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), pode ter chegado a R$ 3 milhões. “Em 2021, recebemos da própria Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá a informação de que alguns servidores que estavam listados na pasta, não tinham contrato com o município e estariam salários sem documentação ou vínculo com o poder público. A partir deste ofício, iniciamos a investigação e verificamos de pronto que seis pessoas estariam cadastradas no sistema da secretaria como médicos, recebendo salário e prêmio saúde, como se estivessem atuando na pandemia de Covid-19, mas que na verdade, nem CRM tinham, muito menos tinham formação em medicina. Um era pedreiro, outro era motorista de aplicativo e outro era pintor. Eles estariam recebendo os valores como se fossem médicos”, apontou o delegado.

De acordo com Carlos Alvares, as investigações irão prosseguir para apurar a participação de outras pessoas no esquema criminoso e, se há algum servidor público da própria Prefeitura de Cuiabá envolvido. O delegado também apontou que a Polícia Civil também irá apurar qual foi a destinação dos recursos obtidos através da fraude.

“Sabemos que estas pessoas recebiam os valores, mas a partir de agora, queremos saber para onde estes recursos foram e se existe algum servidor que tenha sido beneficiado com este desvio. A investigação seguirá neste sentido, a fim de apurar quais são as demais pessoas envolvidas neste sistema criminoso. Sabemos que elas existem e vamos identificar quem são e qual foi a participação de cada uma nesta engrenagem”, concluiu.

Fonte: Folha Max

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here