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NEGACIONISMO NA ONU


Na ONU, Bolsonaro diz ser contra comprovante de vacinação

| Por Redação

Em seu discurso na abertura de mais uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mostrou mais uma vez que ou não entende o teor das suas declarações ou é realmente mal-intencionado.

Ao mesmo tempo que chamou novos investidores privados para investirem no Brasil, falando em respeito aos contratos e à estabilidade política e econômica, o nosso gestor maior parece se esquecer que há poucas semanas atrás o país vivia na eminência de uma ruptura democrática, provocada por ninguém menos que o próprio Bolsonaro, que mobilizou seus apoiadores principalmente contra o Supremo Tribunal Federal (STF), sob argumento de que a Suprema Corte brasileira não o deixaria trabalhar, quando na verdade o STF estaria tão e apenas apurando crimes cometidos por ele e sua família, não impedindo de forma alguma o seu trabalho.

De que estabilidade Bolsonaro estaria então falando?

Em outro ponto do discurso, ele se manifesta contra a obrigatoriedade do chamado “passaporte da vacinação”, documento que comprovaria que a pessoa está vacinada e que é exigido das pessoas comuns pelo mundo todo para que estas possam viajar ou adentrar locais públicos.

O próprio Bolsonaro teve que passar pelo vexame de comer com sua comitiva na calçada de uma pizzaria em Nova Iorque porque o local exigia o comprovante de vacinação para que as pessoas possam entrar e se alimentar. Nem parecia a mesma pessoa que protesta tão fortemente pela emissão de comprovante de votação.

Será que o presidente brasileiro imagina que os grandes empresários são simplórios como seus apoiadores e acreditariam em tudo que ele dissesse? Será que imaginaria que os grandes investidores trarão seus investimentos ao país governado por um homem que nega a ciência e diz abertamente ser contra a vacinação? Quem se arriscaria, ou ao seu capital, num país que é um laboratório a céu aberto para a proliferação de novas variantes da Covid-19 e que tem um presidente que infantilmente se recusa a se vacinar e dar o exemplo para sua população?

Como já era esperado, Bolsonaro continuou discursando para o seu “cercadinho”, como é conhecido o local onde costuma falar com seus fanáticos apoiadores em Brasília.

Não teve postura de estadista porque não o é e não falou nada de sério e relevante pelo mesmo motivo.

Uma lástima…mais uma…

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