O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar, nesta quinta-feira (27/5), que, “se necessário for”, o Exército agirá “dentro das quatro linhas da Constituição”.
Em seu discurso, que durou pouco mais de cinco minutos, o mandatário do país afirmou que espera que o Brasil “parta para a normalidade”.
Por ser defensor da mineração em terras indígenas, Bolsonaro é alvo de críticas por ambientalistas. Lideranças locais publicaram uma carta de repúdio à presença de Bolsonaro na comunidade indígena.
Para eles, a visita é para “tratar e tentar acordar conosco a legalização de mineração no território yanomami, portanto, essa não é a nossa ansiedade yanomami”.
Reunião sobre Pazuello
O comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, acompanha o presidente Bolsonaro na agenda ao Amazonas. O evento de inauguração da ponte Rodrigo e Cibele, construída pelo Exército, acontece no mesmo dia em que vence o prazo para que o general da ativa e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apresente sua defesa ao Exército.
O comandante deve definir a punição a ser aplicada a Pazuello, que discursou em defesa do governo do alto de um carro de som no último domingo (23/5), no Rio, algo proibido a um militar da ativa pelo Regulamento Disciplinar do Exército.
Segundo o colunista do Metrópoles Ricardo Noblat, Pazuello será punido apenas com uma advertência. As outras punições previstas no regulamento são: censura, suspensão e até 30 dias de cadeia. Do fim da ditadura militar de 64 para cá, nenhum general foi preso.