O delegado da Polícia Federal, Murilo de Oliveira Freitas, que articula as investigações da Operação Hot Money, deflagrada na quinta-feira (15), afirma que encontrou-se dinheiro em espécie proveniente do tráfico de drogas em diversos objetos, como dentro de uma bíblia, rapadura e enterrado. Mais de 28 mandados foram expedidos.
Durante coletiva de imprensa em Barra do Garças, o delegado explica que os criminosos envolvidos no tráfico de drogas não abrem contas no banco, trabalhando apenas com valores em espécie.
O dinheiro, que era escondido em diversos tipos de objetos, também vinha de outros crimes, como furtos e latrocínio – roubo seguido de morte. Por se tratar de grande movimentação monetária, os agentes ainda não contabilizaram todo o dinheiro.
“A desarticulação de associação criminosa voltada ao tráfico e como bem sabemos, de uma série de crimes que vem a reboque do tráfico de drogas, desde crimes patrimoniais, que assolam a sociedade. São pequenos furtos, roubos, por vezes latrocínios, que vitimizam as pessoas que moram na localidade de Barra do Garças e do Vale Araguaia”, explica.
O líder da organização criminosa, inclusive, nunca havia sido preso antes. Porém, ele chamou atenção dos policiais após ostentar o dinheiro do tráfico por meio de fotos publicadas nas redes sociais.
“Numa pandemia que atravessamos, fica essa atuação da polícia federal, de forma enérgica, dando uma resposta local à sociedade, nesse crime de tráfico interestadual e a polícia no momento de pandemia se busca sempre se afastar do foco de infecção”, disse.
Policiais Federais cumpriram 28 mandados judiciais expedidos pela Vara Criminal de Aragarças/GO, nas cidades mato-grossenses de Barra do Garças, Cuiabá, Querência, Porto Esperidião e Pontes e Lacerda, também nas cidades de Aragarças e Jussara em Goiás. Entre os mandados expedidos, 7 são de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão.