A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) promoverá, nesta quinta-feira (20.05), um evento em alusão à Semana de Conscientização sobre de Alergia Alimentar, que foi instituída pela Lei Estadual nº 11.237 e passou a fazer parte do calendário oficial do Governo de Mato Grosso.
A alergia alimentar está entre as que mais crescem no mundo. Por essa razão, a data busca conscientizar a população sobre as formas de diagnóstico e os riscos associados, com o objetivo de desmitificar o tema entre a população.
No Brasil, não há estatísticas oficiais sobre o assunto. Contudo, a prevalência parece se assemelhar à constatada pela literatura internacional, que aponta cerca de 8% das crianças – com até dois anos de idade – e 2% dos adultos com algum tipo de alergia alimentar.
A organização internacional Crianças com Alergias Alimentares – Kids With Food Allergies (KFA) –, parte da Fundação Americana de Asma e Alergia (AAFA), estima que uma em cada 13 crianças tenha alergia alimentar.
De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), 80% de todas as alergias ocorrem por causa de oito produtos: leite, ovo, soja, trigo, amendoim, castanha, peixes e crustáceos.
Ainda é importante enfatizar que entre 50% a 70% dos pacientes com alergia alimentar possuem histórico familiar de alergias, sendo que 50% das crianças com asma apresentam quadro de alergia alimentar e 38% das crianças com dermatite atópica (uma irritação na pele que, normalmente, aparece nos braços e atrás dos joelhos).
Sintomas e diagnóstico
A nutricionista e servidora da SES-MT, Jane Taveira, explicou que os sinais e sintomas da alergia alimentar são amplos, variados e individuais. Reações que acontecem de forma imediata, após a ingestão do alimento causal, são mais fáceis de serem relacionadas à alergia – é o caso de urticárias, edemas, falta de ar, vômitos, placas vermelhas pelo corpo, coceira, diarreia e até anafilaxia, considerada a reação mais grave.
“Deve-se ter atenção para a importância do diagnóstico correto e do tratamento da alergia alimentar, para que não haja comprometimento nutricional, psicológico ou social da criança e sua família. Também é ideal que as pessoas já diagnosticadas prestem atenção no rótulo dos alimentos que estão consumindo e leiam a bula de remédios, já que alguns contêm a proteína do leite, por exemplo”, orientou.
A nutricionista ainda esclarece que um dos grandes erros é confundir a intolerância com a alergia, pois são processos diferentes. A intolerância alimentar é uma questão de dificuldade de digestão. Já no caso da alergia, a pessoa desenvolve anticorpos contra as proteínas alimentares.
Serviço
O “Encontro Virtual – Diálogos sobre Alergia Alimentar” será transmitido na tarde do dia 20 de maio, a partir das 13h30. A transmissão ocorrerá pelo canal do YouTube da Escola de Saúde Pública do Estado de Mato Grosso (ESP-MT), neste link: https://www.youtube.com/channel/UC4u4fDWkW8FrhPtEq2TstzA/playlists