O deputado estadual Dr. Gimenez (PV) apresentou nesta semana (14), o Projeto de Lei nº 354/2021 para instituir o Programa de Conscientização do Câncer de Colo do Útero. O objetivo é implantar na rede estadual de saúde um cronograma de avaliação anual regular com um ginecologista e acesso facilitado aos exames preventivos.
Conforme o parlamentar, ao ano são diagnosticados no país mais de 16 mil novos casos desse tipo de câncer, com mais de 300 mil mortes de mulheres, sendo a quarta causa mais frequente de óbito entre elas no Brasil. O rastreamento precisa ser feito pelo preventivo papanicolau.
“Temos que unir forças em prol do diagnóstico precoce, mas para isso elas precisam ter acesso ao médico especialista de maneira rápida, facilitada, humanizada, e ainda compreender a importância do acompanhamento regular, porque o exame pode reduzir em até 80% a incidência do câncer do colo de útero”.
Dr. Gimenez pontua que é preocupante, pois mais da metade das mulheres brasileiras (52%) não realizam o Papanicolau, segundo uma pesquisa de 2018 da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). “Em Mato Grosso, o índice é de 27%, mas é importante que comecem a fazê-lo a partir dos 25 anos, quando mais cedo identificar a doença, mais chances tem de cura”.
A proposição orienta a Secretaria de Estado de Saúde (SES) a firmar convênios com entidades públicas e particulares a fim de dar maior alcance ao cumprimento desta lei. Além de intensificar ações de prevenção, como a vacinação contra o HPV, indicada para meninas e meninos de 9 a 14 anos, pessoas que vivem com HIV e indivíduos transplantados de 9 a 26 anos.
“Hoje temos tratamentos modernos para combater o câncer, como o uso de novas medicações como os anticorpos monoclonais, que destroem as células tumorais e impedem que tumor promova o desenvolvimento de vasos sanguíneos para si. Mas o mais indicado é investir em ações de prevenção, por se tratar da medicina mais barata e eficaz que existe”.
Sobre a doença – O câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente do papilomavírus humano (HPV), principalmente por seus subtipos chamados de oncogênicos. Além disso, outros fatores de risco associados são: início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros, histórico de verrugas genitais, tabagismo e pacientes com doenças imunossupressoras.