Com 164 audiências realizadas, a campanha Elas em Pauta contabilizou R$ 3,7 milhões em acordos para pagar dívidas trabalhistas. Realizada entre 4 e 8 de março, o evento reservou uma semana da pauta dos Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejuscs) e das varas de Juína, Pontes e Lacerda e a 8ª de Cuiabá para acordos em processos envolvendo mulheres.
Coordenada pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Nupemec), a ação buscou promover a conscientização pela luta do direito das mulheres na semana em que se comemorou o Dia Internacional da Mulher.
No primeiro grau de jurisdição foram realizadas 148 audiências com R$3,3 milhões em acordos nos quais figuraram mulheres em pelo menos um dos pólos da ação. Também foram realizadas 16 audiências de processos que já se encontraram no segundo grau de jurisdição, que resultaram em R$ 403 mil em acordos.
A advogada Liana Almeia fez questão de participar da campanha Elas em Pauta. Representando o Banco do Brasil, ela destacou que a conciliação é o melhor caminho para todas as partes. “Esse evento coroou essa parceria entre o Banco do Brasil e a Justiça do Trabalho nesse empenho de conciliar. Na conciliação cada um cede um pouquinho mas todo mundo sai ganhando e mais satisfeito”, destacou.
Segundo a juíza supervisora do Cejusc de 1º grau, Caroline Marchi, a campanha foi idealizada com o objetivo de ressaltar o protagonismo das mulheres na sociedade. “Além disso, também tivemos o objetivo de fomentar a cultura da conciliação, a cultura da paz. Acreditamos que a conciliação é a forma mais adequada, razoável e justa de solucionar o conflito. Não estamos só solucionando o processo, estamos levando um pouco de paz e ajudando a encerrar ciclos”, destacou.
Ao cumprimentar as mulheres presentes no evento de encerramento do Elas em Pauta, o coordenador do Cejusc, juiz Kleberton Cracco, destacou que a data de luta está relacionada às reivindicações de mulheres pela inserção social do trabalho. “Em uma das ocorrências houve greve e um empresário colocou fogo em um local cheio de mulheres e ocasionou mais de ser mortes. Esse tipo de atrocidade nunca mais pode acontecer em nossa sociedade. Ainda precisamos avançar em muitas questões, como direitos salariais iguais e ascensão aos cargos de chefia e liderança”.
O projeto foi realizado pela primeira vez pelo TRT de Pernambuco em 2023. Neste ano, o vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, ministro Aloysio Veiga, recomendou que a ação seja realizada em todos os TRTs do país.
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(Comunicação Social)
Fonte: TRT – MT