A defesa do deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) ofereceu um imóvel avaliado em mais de R$ 7 milhões à Justiça como garantia no processo da investigação da Operação Rota Final.
Na sexta-feira (21), o Ministério Público Estadual (MPE) apresentou uma ação de improbidade administrativa contra ele e outras 12 pessoas, e ainda cinco empresas.
Eles, segundo os promotores, estariam envolvidos em um esquema de corrupção que teria atrasado em sete anos a conclusão da licitação do transporte intermunicipal de passageiros em Mato Grosso.
Dos mais de R$ 30 milhões solicitados pelo Ministério Público no processo, a parte de Dilmar é de pouco mais de R$ 5 milhões.
“Protocolamos essa petição hoje para mostrar que o deputado Dilmar Dal Bosco, de forma espontânea e antecipada, ofereceu um bem como garantia ao processo, para que ao longo, quando for provada sua inocência, esse bem será devolvido”, disse o advogado de defesa, André Albuquerque.
O advogado do deputado classificou a ação do MP como ‘prematura’.
“O processo criminal da operação ainda está em fase de investigação, não houve ainda por parte do Ministério Público oferecimento de denúncia contra nenhuma das pessoas envolvidas. Ainda não tem elementos suficientes para oferecer denúncia”, pontuou.
De acordo com a investigação, empresas do setor de transporte intermunicipal teriam montado um esquema de corrupção com políticos para tentar atrapalhar ou impedir a conclusão da licitação das linhas de ônibus que ligam as cidades do estado.
Em 2012, o governo do estado realizou uma licitação atendendo a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o próprio Ministério Público, mas somente em 2019 as primeiras empresas vencedoras da licitação começaram operar e com preços de passagens mais baratos que os praticados anteriormente.