Segundo a professora pedagoga, Leonilda Alves Ribeiro, o projeto teve como objetivo incentivar os estudantes a se envolverem de forma profunda com a leitura, proporcionando vivências significativas por meio das quais pudessem compreender e sentir o poder da literatura.
Além dos resultados pedagógicos, ela destaca que as atividades evidenciaram como a literatura auxilia nas discussões e no combate a questões urgentes na sociedade atual, como o racismo, o preconceito e a discriminação.
“Percebemos que houve um maior envolvimento dos estudantes na realização das atividades relacionadas à interpretação e produção de textos, maior compreensão do contexto social, além de ampliar a qualidade da leitura de forma geral”, disse a pedagoga.
A leitura e releitura do livro “Qual é a cor do amor?” foi uma das atividades, seguida pela produção de frases e confecção de cartazes. Todo o trabalho desenvolvido pelos estudantes foi registrado em vídeos e compartilhado em plataformas virtuais utilizadas pela escola e no grupo de WhatsApp da turma.
As narrativas “A chapeuzinho preto ou da cor que eu quiser” e “Príncipe Preto” também foram apreciadas e examinadas pelos estudantes, despertando entusiasmo e incentivando a empatia. Questões sobre igualdade de direitos e respeito às diferenças foram questões importantes levantadas pelos estudantes durante as discussões.
Ana Sofia Almeida Cabral, de 9 anos, foi enfática ao afirmar sobre o que mais gostou. “Gostei mais do debate, porque cada vez que respondia às perguntas via que estava aprendendo mais. Antes deste trabalho eu achava que a leitura era chata e agora eu amo ler”.
Para a colega dela, Manuella Hennig Domingues, de 9 anos, o que mais a marcou foi perceber o quanto aprendeu por meio da leitura. “A leitura é mágica! Ela me leva a lugares que nunca imaginei”.
Uma contribuição importante para o projeto veio da representante do grêmio escolar, Jheny Salvador, 16 anos, do 2º ano do Ensino Médio. Ela liderou um debate apresentando exemplos históricos e culturais relacionados à luta contra o racismo e pela igualdade social e de direitos entre negros e brancos. “Para mim foi um exemplo de como praticar o protagonismo juvenil. Aprendi muito”.
O projeto também promoveu rodas de conversa com convidados especiais para estimular a reflexão entre texto e leitor. A professora Adriana Germana Luzia, mestre no Ensino de História pela Universidade Federal do Mato Grosso, falou sobre a importância da literatura afro-brasileira no combate ao preconceito racial.
Além da leitura, os estudantes também vivenciaram alguns personagens dos livros
Família presente
Outro momento marcante foi o encerramento do projeto na Feira do Conhecimento, na segunda semana desse mês, com a realização de uma peça teatral infantil intitulada ‘A leitura que transformou Dandara’. Os familiares participaram ativamente durante os ensaios, analisando e retomando as falas das personagens com os filhos, além de providenciarem os figurinos para a apresentação.
A protagonista da peça, a personagem Dandara, foi interpretada pela estudante Kamilly, de 8 anos. A peça destacou o percurso de Dandara em um processo de descoberta de coisas novas por meio da leitura, mostrando como as palavras podem iluminar e transformar a forma de pensar e agir no mundo da personagem.
“Além de incentivar o hábito da leitura, o projeto estimula a reflexão, o diálogo e a conscientização sobre temas importantes e atuais para os jovens. Também destaco a participação ativa dos pais como um fator fundamental para o sucesso da iniciativa de nossa escola”, concluiu Leonilda Ribeiro.
Fonte: Governo MT – MT