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Black Friday: compra por impulso deve ser evitada, orientam entidades

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© Paulo Pinto/Agência

Por conta da Black Friday, que ocorre na última sexta-feira do mês de novembro, o comércio apresenta ofertas e condições especiais de pagamento aos consumidores, que podem durar até o mês inteiro. Para evitar compras desnecessárias e que ultrapassem o orçamento, a organização Akatu aponta que é importante estar alerta para compras por impulso e sem planejamento, que podem comprometer o orçamento familiar.

Segundo a entidade, que propõe reflexões sobre consumo consciente, é ótimo para o consumidor aproveitar as promoções de produtos de que realmente precisa, mas é preciso evitar cair em tentações que sejam prejudiciais para ele, para a sociedade e para o meio ambiente. O Akatu ressalta que empresas e comerciantes conseguem induzir o consumidor a comprar com estímulos que eles nem registram conscientemente.

Para evitar o consumo induzido pelo comércio, a farmacêutica Fernanda Souza contou que opta por não buscar informação comercial. “Tento evitar olhar propaganda, tento evitar exposição à propaganda para não me induzir a um consumo, porque o marketing sabe trabalhar muito bem para nos induzir a uma compra que você não precisa. Então, eu tento fugir mesmo.” Diante disso, a relação dela com a Black Friday é de distância.

“Eu tento não cair numa cilada nunca, eu tento sempre seguir firme na minha decisão de comprar aquilo que eu preciso e quando realmente eu preciso. Se dá pra esperar, se é uma roupa que ainda dá pra esperar mais um período, eu espero. Se é algum outro item de cosmético, se não é extremamente essencial, eu aguardo. Tudo pensando no planejamento familiar e no consumo que a gente já tem aqui em casa, que é enorme, com relação ao cuidado com os filhos”, acrescentou.

O diretor de atendimento do ProconSP, Rodrigo Tritapepe, alerta que muitas dívidas são adquiridas após uma concessão de crédito ou cartão de crédito ao consumidor.

“A facilidade do crédito faz com que ele adquira produtos e serviços, muitas vezes, ocasionando um descontrole, levando ao endividamento”, disse.

Ele pontuou etapas para que os consumidores avaliem suas compras: ter condições financeiras para pagar as parcelas ou mesmo o produto com um grande desconto; avaliar a necessidade daquela aquisição; fazer uma busca da média de preço de mercado para identificar reais boas oportunidades; e procurar um fornecedor de sua confiança.

“Ele vai precisar ter certeza de que, naquele período, aquela oferta está sendo de verdade uma condição especial. Para isso, existem sites de monitoramento de preços que fazem isso. Uma busca rápida pela internet você vai encontrar sites que podem fazer uma pesquisa, por exemplo, de seis meses da variação do preço”, orientou.

Se o consumidor tiver problemas com as compras, ele orienta que procure inicialmente o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa e faça o registro. Caso não seja solucionado, procurar o Procon. Com a demanda registrada no Procon, a empresa tem dez dias para resolver o problema. Sem solução no órgão, o consumidor pode procurar o Judiciário como última via, pleiteando seu direito em uma ação, conforme orientou Tritapepe.

A professora Cíntia Faccini não pretende comprar nada específico nesta Black Friday. “Não acho necessariamente importante, porque com tempo e paciência é possível encontrar muitos itens mais baratos em outras épocas também. Mas acho interessante, porque geralmente é possível comprar com um bom desconto, em uma época certa”, contou.

Ela também evita o acesso a propagandas neste período para comprar apenas o necessário. “Evito ficar olhando os sites e anúncios, do contrário sempre compro alguma coisa não planejada, só porque estava barato”, relatou. Para evitar cair em propagandas enganosas sobre promoções, ela afirma que faz pesquisa de preços antes de efetivar compras.

Fonte: EBC Economia

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