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Suspeito de fazer mais de 100 ligações por dia para ex-companheira é preso

| Por G1
Polícia Rodoviária Federal no Piauí (PRF-PI) cumpre mandado de prisão — Foto: Divulgação/PRF-PI

A Polícia Rodoviária Federal no Piauí (PRF-PI) prendeu na terça-feira (18) um homem de 29 anos, de identidade não revelada, que é suspeito de realizar mais 100 ligações por dia para a ex-companheira, com o objetivo de intimidá-la. A prática é conhecida como stalking virtual, quando o autor intimida ou persegue a vítima por telefone ou online.

O homem foi preso às margens da BR-343, no município de Piripiri, distante 177 km de Teresina. Contra o homem havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Única de Pacajá, no Pará, no dia 1º maio deste ano. Ele também é alvo de outros processos.

A vítima denunciou para Polícia do Pará que estava sendo vítima de stalking virtual, pois estava recebendo mais de 100 ligações telefônicas por dia do ex-companheiro. Ela mora no Pará, enquanto ele estava no Piauí.

“Os policiais receberam informações sobre esse caso, de que o homem chegava a efetuar mais de 100 ligações telefônicas por dia como forma de intimidar sua ex-companheira”, explicou o inspetor Alexsandro Lima.

Após o mandado de prisão ser expedido pela Justiça, a Polícia Civil do Pará pediu ajuda para a Polícia do Piauí, depois que o homem foi localizado na cidade de Piripiri. Ele foi localizado trabalhando em uma obra às margens da BR.

“Ao ser preso o homem informou que estava ciente das acusações imputadas e que se recordava perfeitamente do fato relacionado”, informou o inspetor Alexsandro Lima.

Ele foi então preso por uma equipe da PRF e encaminhado para a Delegacia de Piripiri. O homem ficará à disposição da Justiça do Pará.

Crime de stalking

 

O presidente Jair Bolsonaro sancionou no último dia 31 de abril a lei que inclui no Código Penal o crime de perseguição, conhecido também como “stalking”.

 

Stalking virtual é o uso da Internet, ou de outros meios eletrônicos, para assediar e intimidar uma determinada vítima. A prática é mais conhecida nos meios digitais, mas a lei prevê condenações para quem cometer o crime em qualquer meio, seja digital ou físico.

A pena para quem for condenado é de seis meses a dois anos de prisão, mas pode chegar a 3 anos com agravantes, como crimes contra mulheres. Existe também a previsão de multa contra o infrator.

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