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ARTIGO | As Dores do Crescimento: Governança e Capital

| Por Dialum Assessoria de Imprensa
Fonte: Assessoria

por Rodrigo Santos*

Os quase 20 anos de atuação no mercado financeiro, dedicando a maior parte do tempo à estruturação de operações de crédito para grandes e médias empresas, me fez conhecer os ciclos de crescimento e necessidades dessas companhias.

Toda empresa privada nasce de uma ideia ou propósito, de um ou mais empreendedores, com fim específico de gerar resultados e lucros aos que investiram capital financeiro ou intelectual na empreitada.

Normalmente, a empresa começa pequena e seu crescimento acompanha o ritmo do mercado (ele é sempre soberano) e da capacidade dos empreendedores de desenvolver seu plano de negócio, sendo eficientes na operação e atento às oportunidades.

O primeiro ciclo de crescimento, que dura em média 5 anos desde a fundação, é com certeza o mais desafiador e exige resiliência e muita dedicação por parte dos empreendedores e executivos à frente da empresa.

Poderia enumerar aqui dezenas de desafios neste ciclo, mas crescer evoluindo o padrão de profissionalismo e governança, além da estrutura de capital adequada estão entre os principais. Essas são as principais “dores do crescimento” empresarial.

Boa parte dos nossos clientes nos procuram exatamente na etapa de romper esse ciclo e passar a uma nova fase de crescimento. Junto com o período de crescimento surgem os ciclos de necessidades para atender justamente essa “pressão” que a empresa tem por melhoria na governança e na estrutura de capital. Se a empresa está crescendo e se transformando, suas necessidades também estão. E com certeza a forma de gerir o negócio e suas necessidades de capital já são totalmente diferentes.

O segredo está na forma com que o empresário lida com esses novos ciclos de crescimento e necessidades e que resposta dá a essas novas demandas. Uma boa resposta é sempre evoluir em profissionalismo e gestão, e buscar atender sua demanda de capital (novos recursos, investimento ou giro) da forma mais eficiente e sadia para vida financeira da empresa. Implementar os modelos de governança adequados ao momento e as perspectivas de crescimento dará segurança e transparência aos sócios e ao mercado.

Na prática, podemos citar como ações a criação de controles internos, melhora do nível de formação e experiência das equipes, implantação de políticas para setores de maior risco para empresa, auditar os números financeiros e contábeis, estabelecer comitês e conselhos para ajudar nas tomadas de decisões estratégicas. Além dos desafios acima, o empresário ainda precisa de recursos para garantir o crescimento sustentável.

Conheço algumas empresas que cresceram nos últimos anos, mas sem o devido cuidado com governança e com a estrutura de capital que está utilizando para sustentar esse crescimento. E, com certeza, sei também qual será o fim, pois já vi esse filme algumas vezes.

O melhor caminho é começar! Implante as melhorias de gestão dentro de uma lista que chamo de “prioridades por alcance” – onde você executa obedecendo a ordem de prioridades de acordo com o alcance da sua possibilidade de executar. Assim você nunca deixa uma prioridade que está à sua frente parada esperando por uma mais bem ranqueada, mas que não pode ser executada agora.

Quando o assunto é estrutura adequada de capital para o crescimento, o mercado bancário tradicional normalmente não consegue atender o nível de especificidade das demandas. Pois cada empresa tem uma necessidade, um plano de crescimento, uma sazonalidade de operação, um fluxo de caixa, e assim por diante.

Uma boa alternativa para isso, embora menos conhecida, é o Mercado de Capitais. Com a principal característica de colocar o investidor mais próximo das empresas, as modalidades de crédito por este modelo têm se demonstrado cada vez mais flexíveis e acessíveis.

O que todo empresário deve saber é que existe um universo de possibilidades no mercado para ajudá-lo a romper seus ciclos, atendendo suas necessidades e facilitando seu plano de crescimento.

 

 

*Rodrigo Santos é administrador de empresas com MBA em Mercado de Capitais e diretor executivo da RSA Capital 

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