De acordo com o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, o evento reúne professores, representantes das Diretorias Regionais de Educação (DREs), da sede da Seduc e do Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies), “com objetivo de fortalecer as ações pedagógicas e garantir a continuidade da escolaridade e da aprendizagem aos estudantes cuja doença impeça a frequência escolar”.
Tanto a Classe Hospitalar quanto o Atendimento Domiciliar são legalmente reconhecidos como modalidade de atendimento educacional-pedagógico em ambiente não escolar.
A Classe Hospitalar pode ser caracterizada como modalidade de ensino que prevê a assistência educativa a crianças internadas, em situação de risco educacional ou à evasão escolar. Já no Atendimento Domiciliar os estudantes são atendidos em casa, quando encaminhados por médicos, uma vez que estão impedidos de frequentar a escola. Neste caso, os estudantes para receber este atendimento dependem de um laudo médico.
“Essas ações objetivam dar continuidade aos estudos, desenvolvendo atividades educacionais que favoreçam a formação do estudante em idade escolar, pautando-se nas identidades, potencialidades, com conteúdos próprios se necessário. Para que esses estudantes possam ter seus direitos assegurados e a formação continuada, prevê a qualificação dos profissionais e os municípios envolvidos nessa modalidade”, acrescentou a coordenadora da Educação Especial, Paula Cunha.
A professora Nadia Turequi Silva, pós-graduada em Atendimento Educacional Especializado e Classe Hospitalar, avalia que o encontro é uma forma de compartilhar o conhecimento dos professores, já que são poucos os profissionais habilitados e que sabem lidar muito com o emocional das famílias.
“Estamos dentro do hospital não só para dar continuidade ao aprendizado. Também ajudamos a minimizar a dor e a trazer um pouco de esperança para aquela criança que está em um ambiente diferente da sua rotina. Então, quando a gente vai com um lápis de cor, caderno ou um tablet, já percebemos um olhar diferente e o prazer da criança em tirar um pouco o foco da doença”, falou.
Aline Fabiane Rodrigues da Silva, professora pedagoga do Hospital de Câncer de Mato Grosso (HCanMT), observou que o trabalho realizado dentro das unidades de saúde também segue uma normativa e orientação da escola em que a criança ou adolescente está matriculado. Além disso, todo o protocolo clínico é respeitado se o paciente não está bem é feita uma adaptação para que ele não perca o ano letivo.
A professora Marilza Márcia Duarte, do atendimento domiciliar, por sua vez, comentou que atender o estudante em sua casa é também entender um pouco mais da patologia da doença e da rotina diária. Ela ressaltou que a continuidade dos estudos é uma forma da criança e do adolescente entenderem que ele também é importante e faz parte da sociedade.
Fonte: Governo MT – MT