Ex-presidente da Câmara de Vereadores de Rondonópolis e vereador de terceiro mandato, Cláudio da Farmácia (MDB) não economizou em críticas, durante a sessão desta quarta-feira (14), a vereadores que estariam insuflando a população contra o parlamento. Ele chamou de “canalha”, indicando no singular, aquele que estaria provocando o movimento popular.
A fala do emedebista, que chegou a citar o nome de Paulo Schuh (DC) e de Ozeas Guedes (PP), foi totalmente endereçada aos novatos, embora tenha feito questão de ressaltar que não tem nada contra ninguém e seus projetos. O vereador comentou, porém, que tem gente cometendo erros técnicos em projetos de lei e confundindo depois a opinião pública ao sinalizar que a Câmara de Vereadores estaria atuando contra a população.
“Queria pedir a todos aqueles colegas, que quando fosse fazer um projeto e, se não pegou a nossa cartilha ainda, chamada Regimento Interno, que cada um já recebeu, sobretudo os novatos, e aqueles que não receberam pode procurar nosso Institucional, assim como uma cópia da Lei Orgânica e Constituição Federal, que assim o façam”, criticou, fazendo referência às proposituras capengas que vêm sendo apresentadas na Casa de Leis.
Cláudio usou o testemunho de sua própria história no parlamento pra dizer que chegou com limitações na parte jurídica e sugeriu aos mais novos que ouçam mais quem entende do assunto. “Vamos supor que eu (ironia) esteja com preguiça de ler o regimento, de ler a lei orgânica e me inteirar da legalidade de um projeto. Daí essa Casa de Leis tem, no mínimo, uns 15 advogados. Temos uma Procuradoria com três advogados, inúmeros colegas vereadores que são da área e a CCJ, que deu o parecer contrário ao projeto do vereador (Paulo Schuh), que é composta por dois advogados ilibados e por um ex-presidente desta Casa de Leis que também aprendeu um pouquinho aqui nos últimos oito anos”, pontuou, referindo-se a si.
Por fim, Cláudio encerrou com um recado duro e um chamado à população. “Quero dizer aos colegas, mas sobretudo à população de Rondonópolis: aqueles que disseram a vocês que nós fomos contra um projeto de interesse público, isto é mentira. Isso é coisa de gente baixa, rasteira e canalha. Canalha na acepção da palavra. Eu não sei quem foi, mas esse que fez trata-se de gente sem compromisso com a verdade (…) Façam uma consulta jurídica, peçam uma ajuda a um colega. A minha humildade me fez voltar pela terceira vez a esta casa”, alertou.