Uma estudante de 18 anos denunciou ter sido impedida de Escola Estadual Juarez Rodrigues dos Anjos, no bairro Santa Laura, em Cuiabá, após levar um bebê de apenas um mês para a sala de aula. A Jovem disse que não tinha com quem deixar o filho e por isso o levou para a escola, na noite desta terça-feira (8). Ela registrou um boletim de ocorrência contra a direção da escola.
Conforme relata a jovem, ela frequenta a escola na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), ensino destinado ao público que não completou, abandonou ou não teve acesso à educação formal na idade apropriada. Tal modalidade de ensino é popularmente conhecida como supletivo. A mãe relata que foi orientada a não levar a criança, pois os professores estariam reclamando da presença do bebê.
Segundo ela, a diretora, cujo nome não foi divulgado, teria chamado a chamado em sua sala e dito que caso a estudante levasse o bebê para sala de aula, iria acionar o Conselho Tutelar. Na sequência, a jovem afirma que a diretora a encaminhou junto com o filho na sala de aula e orientou a todos que ela não poderia permanecer no local.
Outros alunos ficaram indignados com a situação e protestaram dizendo que também levariam os filhos para o colégio. Na sequência a moça foi retirada da instituição. Uma testemunha relatou em vídeo que mãe foi colocada para fora da sala de aula e impedida de assistir aula.
Uma funcionária da escola teria dito “que caso haja uma queda do bebê, ou outro acidente a diretora ficaria responsável e a recusa foi para assegurar a segurança da criança”.
Em nota, a direção da escola Estadual Juarez Rodrigues dos Anjos, afirmou o fato narrado pela estudante no vídeo não condiz com a verdade. Segundo o comunicado, a escola desenvolve um programa de acolhimento às estudantes que são ou se tornam mães, sendo prática na rotina escolar, acolher e apoiar todas as mães para que jamais interrompa os estudos.
“O que houve, de fato, foi a orientação para que duas estudantes vestissem as suas camisetas do uniforme. Elas não aceitaram e saíram para fora da unidade com apoio da estudante que é mãe e que estava, inclusive, uniformizada. Tanto é, que o vídeo apenas narra uma história na versão delas e sem qualquer registro da direção solicitando a saída de aluna do ambiente escolar. Situação presenciada por dezenas de testemunhas que também são alunas e mães. A direção lamenta o ocorrido e tomará as providências cabíveis para que tudo seja esclarecido”.
O caso deverá ser apurado pela Polícia Civil.
Fonte: Folha Max