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Filho de deputado será interrogado em março

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Será realizada no dia 13 de março, a partir das 8h, a primeira audiência do processo do feminicídio da servidora do judiciário Thays Machado, 44, e do homicídio do namorado dela, William Moreno, 30. Serão ouvidas 8 testemunhas de acusação, além do autor do duplo homicídio, o administrador de empresas Carlos Alberto Gomes Bezerra, 57, que não arrolou nenhuma testemunha em sua defesa. O casal foi executado a tiros de pistola na tarde de 18 de janeiro, na calçada do edifício em que a mãe de Thays reside, no bairro Alvorada em Cuiabá.

Esta será a primeira vez que o perito forense Thyago Machado ficará de frente com o assassino da irmã. A expectativa é que Carlos Bezerra esteja presente na sala de audiências, já que foi transferido de unidade prisional de Cuiabá para Rondonópolis. Thyago diz que o depoimento por videoconferência preservaria o acusado.

O perito disse que não sente ódio pelo assassino, mas sabe que durante o depoimento irá relembrar toda a dor da família e todo sofrimento do dia do crime, quando acompanhou de perto o trabalho da polícia. De acordo com o promotor de Justiça Jaime Romaquelli, que ofereceu a denúncia contra Carlos Bezerra, por meio da 26ª Promotoria Criminal da Capital, a expectativa é que após o depoimento das 8 testemunhas, o denunciado seja ouvido. Depois dessa audiência vem a fase das alegações finais e a pronúncia do acusado, para ser levado ao júri popular.

Preso em flagrante em uma fazenda da família na cidade de Campo Verde, horas após matar a ex-companheira e o atual namorado dela, Bezerra ficou recolhido até o dia 27 de janeiro em cela individual no raio 8 da Penitenciária Central do Estado. Foi transferido para Rondonópolis a pedido da defesa, que alegou que o preso poderia sofrer extorsão ou constrangimento de outros presos pelo fato de ser filho do ex-governador e ex-senador Carlos Bezerra.

Investigação da Polícia Civil mostrou que o assassino era obcecado pela ex-mulher e montou uma central de monitoramento para seguir e acompanhar todos os passos de Thays. Com histórico de violência doméstica, ele planejou o crime em detalhes e esperou o momento certo para executar o casal, em via pública, sem chance de defesa, pelo fato de não aceitar o fim do relacionamento. Dos 9 disparos, 7 atingiram o casal que teve morte instantânea. Thays falava ao telefone com a filha adolescente de 13 anos, quando foi alvejada pelos disparos.

Fonte: Folha Max

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