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Após casos de mortes pela PM, Estado avalia comprar munição não letal

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Foi apresentada a representantes das forças de segurança em Mato Grosso, nesta segunda-feira (24), uma nova tecnologia não letal, para uso dos policiais no estado. Recentemente, casos de mortes após confrontos com policiais militares geraram polêmicas. A empresa Alternative Ballistics, que trouxe a tecnologia ao Brasil e que foi convidada pelo Governo para vir a Mato Grosso, espera que em breve a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) inicie as conversas para aquisição do dispositivo.

O deputado federal e ex-comandante geral da Polícia Militar, coronel Jonildo José de Assis, aprovou a nova tecnologia e disse que poderá ajudar na busca por recursos para custear os equipamentos para os agentes da segurança pública do Estado.

“Quando os representantes pediram que a gente pudesse congregar as forças de segurança aqui, […] nós fizemos o convite a alguns deputados estaduais, está aqui representado o deputado Cattani, deputado Elizeu, […] é justamente para que a gente possa, num futuro próximo, quando a nossa segurança pública estadual decidir por essa ou por outras alternativas menos letais, estarmos apoiando no intuito de carrearmos recursos para podermos também contemplar a nossa segurança pública no Estado […] O nosso papel como parlamentar lá no Congresso Nacional é justamente trabalhar dentro deste carreamento de recursos”, disse.

Sobre as mortes em ações da PM, como a do jovem Diego Kaliniski assassinado com 4 tiros no município de Vera e do vendedor de castanhas Uarlei Pereira Bransão, morto pela Polícia Civil, o coronel disse apenas que os casos estão sendo apurados, mas garantiu que as condições das polícias estão avançando.

“Na verdade, é complicado falarmos sobre fatos que já passaram e que está aí sendo processado, sendo apurado, de uma maneira isenta […] eu acho que nós temos que focar justamente nesse nosso avançar, eu já me propus juntamente ao Comando Geral da instituição, à Secretaria de Segurança Pública, no sentido também de buscarmos carrear recursos nos ministérios, […] Eu acredito que nós iremos avançar sim, a ideia é justamente melhorar cada vez mais e proporcionar aos nossos policiais, principalmente aos que estão lá nos longínquos rincões, essas alternativas também”.

O representante da Alternative Ballistics, coronel Ubirajara Rosses, disse que o dispositivo é mais uma alternativa para que os policiais possam solucionar conflitos preservando a vida do agressor e também sua própria segurança.

“É muito fácil a gente, às vezes, criticar o policial por um ato dele, mas levar soluções, trazer alguma tecnologia nova, utilizada em outros países, para cá, é muito difícil. Então, eu agradeço muito à Secretaria de Segurança, ao Comando da PM e até mesmo o Governo do Mato Grosso que nos trouxe para cá, para tentar levar mais uma possibilidade do policial se preservar”, frisou.

O dispositivo é acoplado à pistola do policial militar e o projétil entra na esfera de alumínio e segue em direção ao alvo, sem perder a precisão, sem perder força de impacto e sem perfurar. A empresa disse que já tem negociações com o Governo de São Paulo e espera o mesmo com o Governo de Mato Grosso.

“Nós fomos convidados pelo Governo para vir aqui fazer uma apresentação, a gente espera que logo a Secretaria de Segurança nos chame para que a gente inicie uma conversa para saber o interesse ou não do sistema de segurança pública. O que nós temos hoje é o que? O estado de São Paulo, através da Polícia Civil já iniciou um processo de compra dessa tecnologia. A gente está falando de uma tecnologia que foi lançada há um mês nos Estados Unidos”.  

Fonte: Folha Max

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