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Assassino admite problema com vítimas, mas se cala na PC-MT

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Edgar Ricardo de Oliveira, 30 anos, autor da chacina que vitimou sete pessoas em Sinop (500 km de Cuiabá), ficou em silêncio ao ser interrogado pelo delegado Bráulio Cunha Junqueira, da Delegacia Especializada de Homicídios (DHPP) de Sinop, na manhã desta quinta-feira (23). A estratégia de ficar calado foi uma orientação do advogado Marcos Vinicius Borges, que acompanhou o assassino, filmado executando as vítimas com tiros de espingarda calibre 12, pelas costas.

“Fizemos todas as perguntas pertinentes, cabíveis e necessárias, mas por orientação do advogado, ele permaneceu em silêncio e não respondeu nenhuma questão. Oficialmente, ele não respondeu nenhuma pergunta”, disse Bráulio Junqueira ao FOLHAMAX.

No entanto, momentos antes, logo depois de ter se entregado na delegacia, Edgar comentou informalmente que “tinha problemas pessoais com as vítimas”. O criminoso não adentrou em detalhes e nem citou nominalmente com quais vítimas ele teria problemas pessoais.

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Maciel Bruno e Edgar Ricardo eram “amigos”

Vale lembrar que dentre os mortos está o empresário Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos, dono do bar onde ocorreu a chacina, no bairro Jardim Lisboa. Fotos publicadas nas redes sociais mostram que Edgar e Maciel eram “amigos”, mas ainda assim, o criminoso matou o dono do bar, onde eram realizadas, com frequência, apostas de sinuca valendo dinheiro.

Bruno foi uma das primeiras vítimas mortas por Edgar que pegou a espingarda dentro de uma S10 de cor branca estacionada na frente do estabelecimento, se aproximou e atirou pelas costas.

No dia do crime, Edgar e o comparsa Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, tinham perdido cerca de R$ 4 mil e estavam revoltados. Ezequias foi morto num confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), na tarde desta quarta-feira (22).

Dentre as vítimas também está a adolescente Larissa de Almeida Frazão, de 12 anos. Ela chegou a correr do bar, mas Edgar só mirou e atirou na garota pelas costas, que caiu morta no meio da rua. O pai dela, Getúlio Rodrigues Frazão, de 36 anos, também foi morto dentro do bar enquanto a esposa dele, e mãe de Larissa, foi poupada. 

Questionado sobre a opção de se manter em silêncio, o advogado Marcos Vinicius respondeu à reportagem que entende que o momento mais apropriado para o depoimento do acusado será perante a Justiça. Edgar, que matou sete pessoas na chacina praticada no Bruno Snooker Bar, na tarde da última terça-feira (210, feriado de Carnaval, se entregou à Polícia Civil na manhã desta quinta-feira. Ele estava escondido em uma residência do bairro Jardim Califórnia, em Sinop.

Ao ser preso, ele alegou que não tinha intenção de matar a estudante Larissa Frazão, de 12 anos. Contudo, a gravação feita pela câmera do bar mostra que sequer hesitou ao mirar nas costas da adolescente em fuga do bar e atirar contra a garota.  

Ainda conforme o advogado, após a audiência de custódia Edgar Ricardo será transferido para a Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecida como Presídio Ferrugem, em Sinop, onde deve aguardar julgamento.

Fonte: Folha Max

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