A dupla presa pela morte do servidor da Assembleia Legislativa, Wanderley Leandro Nascimento Costa, de 36 anos, foi autuada em flagrante somente pelo crime de ocultação de cadáver porque o homicídio já havia expirado o flagrante. No entanto, Murilo Henrique, de 18 anos, e Richard Estaques Aguiar Silva Conceição (de idade não informada), vão responder pelo crime de homocídio no decorrer do inquérito instaurado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Ambos foram presos nesta segunda-feira (20), e confessaram terem assassinado e ocultado o corpo de Wanderley, que assessor parlamentar lotado no gabinete do deputado estadual Wilson Santos (PSD).
Ao FOLHAMAX, a Polícia Civil explicou que o flagrante de homicídio já havia passado, mas o de ocultação de cadáver é um crime permanente e por isso foi feito o flagrante. Contudo, no decorrer do inquérito, ambos os presos responderão por homicídio.
Conforme a PJC, o corpo do servidor, localizado na noite desta segunda-feira (20), na região do Cinturão Verde, em Cuiabá, já estava em estado avançado de decomposição, o que significa que ele pode ter sido morto no primeiro dia do desaparecimento. Nesta segunda-quando o caso ganhou o noticiário, o desaparecimento de Wanderley completava quatro dias.
O local onde estava o cadáver foi revelado por Murilo Henrique, o primeiro a ser preso na tarde de segunda-feira, na cidade de Terra Nova do Norte. Depois, foi preso o comparsa Richard Estaques Aguiar Silva Conceição, em Lucas do Rio Verde. Ele confessou que utilizou o carro de Wanderley para se deslocar de Cuiabá até a cidade onde foi preso
As investigações continuam e o motivo do crime ainda não foi divulgado pela PJC. Conforme a Polícia Civil, os dois envolvidos nos crimes foram presos em flagrante pela Polícia Civil, em investigações realizadas pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio das delegacias de Terra Nova do Norte e Lucas do Rio Verde. A Polícia Militar também deu suporte às diligências.
As investigações iniciaram logo após o registro do boletim de ocorrência de desaparecimento relatando que a vítima saiu de casa em seu veículo Chevrolet Traker na noite de sábado (18) e não deu mais notícias. Posteriormente, dois homens em posse do veículo da vítima, foram até a casa dela, no bairro São João Del Rei, e buscaram uma TV 70 polegadas.
Durante a apuração dos fatos, a equipe de investigadores da DHPP recebeu informações de que o veículo da vítima passou em um pedágio sentido a Sinop. Com base na informação, foi possível identificar um dos envolvidos no crime que passou pela cidade de Sinop e estava seguindo sentido à Guarantã do Norte.
A abordagem do suspeito ocorreu durante uma parada na estrada na cidade de Terra Nova do Norte. Questionado, ele confessou a autoria do crime junto a um comparsa e indicou o local em que teriam desovado o corpo, em uma mata na lateral do linhão 7, região do Cinturão Verde, nos fundos do Pedra 90. A equipe da DHPP em Cuiabá foi até o local, onde encontrou o corpo da vítima, já em avançado estado de decomposição.
Informações apontavam que o segundo envolvido estava na cidade de Lucas do Rio Verde, sendo acionada a equipe da Polícia Civil da cidade que descobriu que o suspeito estava hospedado em um hotel próximo à rodoviária e que pegou um carro de aplicativo com destino à Cuiabá. A informação foi repassada para equipe da Polícia Militar que conseguiu realizar a abordagem do veículo já na região de Nova Mutum.
Os dois suspeitos identificados como autores do crime foram encaminhados para as Delegacias das cidades onde foram presos, onde após serem interrogados, foram autuados em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver. Os procedimentos serão encaminhados para a DHPP que dará continuidade às investigações para esclarecimento de todos os fatos e identificação de outros possíveis envolvidos.
Fonte: Folha Max
