Home Destaque PC lamenta incitação a agressão contra PMs e dispara: “fica a lição”


PC lamenta incitação a agressão contra PMs e dispara: “fica a lição”

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Os policiais que atuaram na abordagem policial que resultou na morte de Diego Kaliniski, de 26 anos, não estão mais na cidade de Vera, onde aconteceu a fatalidade. A informação foi dada ao FOLHAMAX pelo delegado da Polícia Civil de Mato Grosso que está à frente das investigações, Bruno Abreu. 

Outra questão levantada por Bruno Abreu é o incitamento das pessoas que estavam ao redor e presenciaram as cenas. Em diversos momentos, as imagens mostram populares tentando “partir para cima” dos policiais, que chegam a serem agredidos.

“Dois policiais e 15 pessoas no local. Várias impedindo a atuação do policial além de incentivar encorajar no meu ver a vítima resistir à prisão. Quem são aquelas pessoas? O policial não sabe se tem gente armada, como qualquer ser humano também tem medo de morrer como já ocorreu vários casos de morte de policiais nesses tipos de ocorrência. Não digo nem policiais, amigos defendendo o outro e morre. O que eu digo, é muito, mas muito provavelmente se não tivessem esse impedimento por terceiros nessa ocorrência nada disso teria ocorrido”, desabafou.

O delegado fez ainda um alerta social. “Que fique de lição pra população não se meter em ação policial ou até qualquer ação de alguém que esteja armado, salvo o próprio policial. Aí, ele por lei tem que intervir. Se as pessoas não estivessem encorajando a vítima naquele momento, esse fato não teria ocorrido. Ele teria sido preso, levado, seria solto e esse fato não teria ocorrido. É uma parcela de culpa da sociedade que colaborou com esse evento”, ressaltou.

Bruno destacou que os policiais ainda tentaram dispersar a multião com tiros. “Dois disparos foram realizados pelo sargento que estava atrás, no momento em que a vítima tomou a arma do outro policial. O sargento deu dois tiros para o alto e isso não foi suficiente para cessar a agressão. Logo depois, o soldado que teve o cassetete retirado da sua mão, mesmo recuando e contra a parede, se viu naquela situação e efetuou os três disparos como único meio que ele tinha no momento, já que o outro mais moderado, foi tirado da mão dele pela vítima”, afirmou.

Diego foi atingido por três tiros, ao resistir à prisão da PM, no domingo (5), próximo a um bar. A abordagem foi filmada por diversos moradores que estavam no local e compartilhada nas redes sociais, que levou inclusive o caso à repercussão nacional, diante da dúvida sobre a conduta dos militares.

Abreu revelou ainda que nesta segunda-feira encaminhou um ofício ao Comando-Geral da Polícia Militar para que os policiais se apresentem na delegacia para prestar depoimento, bem como entregarem as armas usadas por eles para que sejam apreendidas. Os policiais militares envolvidos na abordagem foram afastados dos cargos.

Em nota, a Polícia Militar informou o afastamento dos agentes e disse que uma investigação também foi aberta para apurar o caso. O Governo do Estado também se posicionou e enfatizou que não compactua com nenhum tipo de violência ou abuso de autoridade.

Segundo o delegado, ainda devem ser ouvidos na oitiva do caso cerca de 16 pessoas que presenciaram a morte de Diego. “As imagens e vídeos falam mais que quaisquer palavras. Mas às vezes você ouve três pessoas e já basta. Mas podendo ouvir mais, melhor”, disse.

O CASO

Segundo o relato da Polícia Militar, eles atendiam uma ocorrência de perturbação do sossego na Avenida Brasil, no município de Vera. No local, eles abordaram Diego e pediram o documento do veículo em que ele estava.

O jovem teria se recusado e tentado reagir à abordagem, quando a PM anunciou a prisão por desacato. Após a ordem de prisão, começou a briga entre ele e os PMs, que foi filmada por populares e amigos de Diego.

Em algumas das filmagens é possível ver o momento em que ele levanta, pega o cassetete de um dos agentes e tenta bater no policial. Em resposta, o policial faz os disparos. Nas imagens, é possível contar ao menos seis disparos. Um dos tiros atingiu o abdômen da vítima.

VEJA VÍDEOS:

Fonte: Folha Max

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