Mulheres privadas de liberdade da Cadeia Pública Feminina de Cáceres fizeram apresentação musical na tarde dessa segunda-feira (30 de janeiro), no auditório do Fórum da Comarca local. O momento de descontração, aliado às aulas que elas têm na unidade prisional, auxilia na ressocialização e valorizam o ser humano.
Com o tema “Música (en)cadeia: canto, dança e poesia”, a ideia nasceu de um trabalho de doutorado em música com esse público feminino, realizado por Margarete Kishi Diniz, natural da cidade. Após concluir sua tese, ela quis colocar em prática a iniciativa, por meio de trabalho voluntário.
A solicitação para a realização do projeto foi direcionada ao juiz da Vara de Execuções Penais, Elmo de Lamoia de Moraes, que solicitou à Secretaria de Administração Penitenciária autorização para que as aulas ocorressem dentro da Cadeia Pública.
“Encerramos o projeto com essa apresentação. A própria professora informou que a musicalização aflorou o lado sensível há muito tempo esquecido dessas mulheres. Esse projeto é importante porque resgata a sensibilidade, auxilia na ressocialização delas para quando forem reinseridas na sociedade”, afirma o juiz.
O magistrado fala da importância da ação voltada às mulheres privadas de liberdade. “Considero uma iniciativa muito válida porque a mulher privada de liberdade tem características diferentes do homem que está recluso. Muitas vezes elas são esquecidas nas unidades prisionais por terem estruturas menores. Geralmente projetos assim são destinados a unidades prisionais masculinas, porque alcançam número maior de pessoas”, disse o juiz.
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição da imagem: Foto horizonta. Reeducandas de pé, uma ao lado da outras, durante apresentação. A professora de música está de frente para elas.
Dani Cunha
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
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Fonte: Tribunal de Justiça de MT