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Três médicos são indiciados por negligência em morte de vendedora em hospital de Cuiabá

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Três médicos foram indiciados pela morte da vendedora de veículos na empresa Saga, Keitiane Eliza da Silva, de 27 anos, ocorrida no dia 14 de abril de 2021, após ela passar por cirurgias plásticas na Clínica Valore Day, em Cuiabá. Os profissionais que irão responder pela morte da jovem são o cirurgião plástico Alexandre Rezende Veloso e os anestesistas Klayne Moura Teixeira de Souza e Christiano Camargo Prado.

O trio é acusado de  homicídio culposo por negligência. A jovem faleceu em novembro de 2021, horas após passar fazer uma lipoescultura com enxerto de gordura em glúteo, abdominoplastia e correção de uma cicatriz na mama, decorrente de um procedimento realizado com outro médico.

O cirurgião plástico Alexandre Veloso foi o responsável pelo procedimento. Ela tinha se curado da Covid-19 há cerca de 30 dias.

Mesmo assim, ela deu prosseguimento nos exames e, durante consulta, o cirurgião plástico, Alexandre Veloso, constatou que ela tinha uma arritmia cardíaca. Porém, segundo o médico, o problema não seria nenhum risco para o procedimento cirúrgico.

A jovem havia pagado R$ 50 mil para se submeter as mudanças estéticas. Os advogados da família da vítima, Heliodorio Santos Nery e Marciano Nogueira Silva, realizaram uma entrevista coletiva, nesta sexta-feira (13) onde afirmaram que os médicos ignoraram as recomendações de suspensão de cirurgias eletivas, as consideradas não urgentes ou emergenciais, na época da morte da vítima.

De acordo com a defesa, os laudos técnicos dos exames pré-operatórios e anestésicos, revelaram uma inflamação no pulmão de Keitiane, o que deveria ter sido motivo para o impedimento da cirurgia, porém teria sido ignorado pelos médicos. Agora, o caso passa a ser investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e posteriormente  apreciado pelo Ministério Público Eleitoral, que irá se manifestar por acatar ou não a denúncia. Caso seja aceita a denúncia, os médicos se tornarão réus na Justiça de Mato Grosso.

Fonte: Folha Max

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