A Polícia Rodoviária Federal tenta identificar um homem que agrediu uma mulher durante um bloqueio realizado por bolsonaristas na BR-163 em Sinop, a 503 km de Cuiabá, na tarde desse domingo (8). O momento da agressão foi registrado por pessoas que estavam no local e publicaram vídeos nas redes sociais.
Na gravação, é possível ver uma confusão e, em determinado momento, uma mulher grita “não bate na mulher, não”. A briga, que é filmada de longe, continua até o final do vídeo.
Segundo testemunhas, os manifestantes tentavam pegar o celular da mulher, que teria filmado a manifestação e ido contra as ordens deles. De acordo com o superintendente da PRF em Mato Grosso, Francisco Élcio Lucena, os policiais que estavam no local resgataram a mulher e prestaram socorro à vítima, ao contrário do que pessoas relataram em vídeos e reclamavam da demora das equipes policiais para interromper o desentendimento.
“A polícia está analisando as imagens para tentar identificar o homem que estava agredindo a mulher e tomar as providências que o caso requer”, disse.
Lucena ressaltou que a PRF repudia todo tipo de agressão, principalmente, a violência contra a mulher. Depois dos atos terroristas de bolsonaristas extremistas e a invasão do Congresso Nacional, em Brasília, apoiadores do ex-presidente bloquearam trechos da BR-163 em Mato Grosso na tarde desse domingo (8).
De acordo com a concessionária que administra a rodovia, foram registrados sete pontos de bloqueios no estado. Entretanto, na manhã desta segunda-feira (9), a PRF informou que todos os trechos foram liberados .
Mato Grosso não registrava bloqueios em rodovias federais desde novembro. No momento com maior número de atos golpistas no estado, mais de 30 pontos foram fechados por pessoas insatisfeitas com o resultado das eleições e que, por isso, pedem intervenção militar – o que é crime.
Durante os atos, a PRF apreendeu explosivos, identificou tentativas de derrubas pontes e registrou o ataque a uma base da concessionária.
Relatório da Polícia Civil do Distrito Federal enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) apontou que dos 116 caminhões que participaram de atos antidemocráticos em novembro em Brasília, principalmente nas proximidades do Quartel General do Exército Brasileiro, 50 veículos eram de Mato Grosso.
Os caminhões estão registrados no CNPJ de empresas que figuram entre as 43 pessoas jurídicas e físicas que tiveram as contas bloqueadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, por suspeita de financiar e organizar as manifestações em Brasília e no estado.
Das 28 empresas mato-grossenses listadas, 14 tiveram o bloqueio financeiro determinado. Entre elas, cinco fizeram doações à campanhada para reeleição de Jair Bolsonaro (PL).
Veja o vídeo:
Fonte: Folha Max