O advogado Hélio Nishiyama, da família de Isabele Guimarães, morta com um tiro no rosto em 2020, no condomínio Alphaville I, em Cuiabá, disse em entrevista a repórter Sônia Bridi, nos últimos dias, em um dos espisódios do Podcast da Globoplay “À Mão Armada”, que o assassinato da adolescente é consequência direta das ações do Governo Bolsonaro.
“A República Federativa do Brasil, ela se mostrou omissa na proteção da juventude brasileira. O contexto, o plano de fundo jurídico da morte da Isabele, foi a prática esportiva de disparo de arma de fogo, prática de tiro, por menores”, argumentou.
Nishiyama prepara uma ação de indenização contra o Estado brasileiro. “Quando se fala que não havia nada de errado com os atos daquela família, essa premissa ela adota como referência legal um ato presidencial que permitiu que esses adolescentes tivessem prematuramente acesso à arma de fogo”, justificou o jurista, se referindo aos decretos do presidente Jair Bolsonaro criados para facilitar o acesso dos brasileiros a armas de fogo.
B., a menor de 14 anos que matou Isabele, juntamente aos pais Marcelo e Gaby Cestaria e os irmãos, integrava um grupo de caçadores, atiradores e colecionadores (grupo conhecido como CACs) que teve à posse e o porte de armas regulamentada pelo atual governo.
O Caso
Isabele foi morta por um disparo que saiu pela nuca feito por B, filha do casal Marcelo e Gaby Cestari, que foi condenada à internação de no máximo 3 anos no Complexo Pomeri, no anexo Lar Menina Moça, por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar