Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Rondonópolis cumpriram nesta segunda-feira (26.12) a prisão preventiva de um homem de 27 anos, investigado pelo homicídio de David Gilmour Cecílio, ocorrido no dia 24 de outubro, no bairro Maria Vetorasso.
Após trabalho de inteligência, os investigadores conseguiram identificar que o autor do crime estaria se escondendo em locais diferentes a fim de escapar da prisão.
Nesta segunda-feira, os policiais civis o localizaram em frente a um bar no bairro Verde Teto, onde o investigado estava atuando como o responsável pelo tráfico de drogas. Durante revista pessoal foram encontrados com o investigado uma porção de cocaína, embalada, e pronta para a venda.
Crime
O corpo de David, de 28 anos, foi encontrado na calçada de um terreno, no Jardim Maria Vetorasso, no início da madrugada do dia 24 de outubro. A vítima apresentava vários disparos de arma de fogo.
Vizinhos saíram para a rua, após o barulho de disparos, mas afirmaram aos policiais que não avistaram quem teria feito atirado contra a vítima, apenas ouviram uma pessoa correndo e pedindo socorro. David residia há pouco tempo no bairro e na casa onde ele morou os policiais civis encontraram fios e cadarços que aparentavam ter sido amarrados e cortados com uma faca.
A partir das diligências realizadas desde que o corpo foi encontrado, os policiais da DHPP apuraram as características dos suspeitos envolvidos na tortura e homicídio de David. Outras quatro pessoas que moravam na mesma casa que a David também foram vítimas de tortura e cárcere privado.
O motivo para a prática do crime era porque, supostamente, as vítimas pudessem ser de uma facção rival. O grupo permaneceu em cárcere privado enquanto seus nomes e fotos eram enviados à lideres da facção em Rondonópolis. Assim que os criminosos julgaram que David pudesse ser membro do grupo rival, começaram a torturar as vítimas, física e psicologicamente. Em certo momento, David conseguiu fugir da casa, quando os criminosos correram atrás dele e o executaram. As outras vítimas, amarradas pelas mãos e pernas, ficaram sendo vigiadas por outros membros do grupo.
A equipe da DHPP continuou as diligências e chegou à identificação de um suspeito que foi preso em flagrante e que ocupava a posição de ‘disciplina’ da facção.
Fonte: Folha Max