Foragido da justiça, o investigador Antonio Mamedes Pinto de Miranda, alvo da Operação Efialtes, se entregou nesta terça-feira (20), à Polícia Civil de Cáceres (225 km de Cuiabá). Ele se apresentou acompanhado de seu advogado Tiago Furlanetto, no início da tarde.
Ele deve permanecer detido, já que tem um mandado de prisão preventiva contra ele. Chefe da quadrilha, que prendeu outros quatro policiais civis, Mamedes era o único que estava foragido, desde a deflagração da Operação, no dia 7 de dezembro.
A defesa do policial informou ao FOLHAMAX que Mamedes estava com problemas de saúde e estava passando por um tratamento, sem informar qual seria a doença. A esposa dele, também alvo da operação policial, estava foragida bem como o policial, mas teve a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar durante por audiência de custódia presidida pelo juiz José Eduardo Mariano, da 3ª Vara Criminal de Cáceres.
Segundo a defesa, o magistrado concordou em converter a prisão em docimilitar levando-se em conta que Valéria Ribeiro tem filhos menores de 12 anos, possui trabalho lícito e se apresentou espontaneamente. Ela foi autorizada a sair para trabalhar.
Os dois fazem parte de um esquema que desviava drogas apreendidas pela Polícia Civil que seriam incineradas e lavarem o dinheiro em seus empreendimentos. Ao todo, 39 mandados de prisão foram cumpridos em Mato Grosso e mais cinco estados: Rondônia, Piauí, Maranhão, Tocantins e Goiás.
Além das prisões, também houve bloqueio de R$ 25 milhões nas contas bancárias dos investigados. Conforme a PJC, em um ano, os doleiros, através de empresas e pessoas físicas, conseguiram lavar cerca de R$ 100 milhões da venda dessas drogas furtadas dos armazéns.
No entanto, a defesa dos investigados afirma nega as acusações e classifica as investigações como fantasiosas. Antônio é suplente de vereador em Cáceres e é apontado como líder do esquema.
Fonte: Folha Max