Cinco municípios serão polos regionais para expansão da cultura da paz nas escolas em uma parceria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), por meio do Núcleo da Justiça Restaurativa (Nugjur), e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Algumas ações já vêm ocorrendo, como formação de facilitadores de círculos de construção de paz, e outras ainda estão sendo elaboradas em conjunto.
Farão parte do projeto piloto os municípios de Pontes e Lacerda, Tangará da Serra, Rondonópolis, Primavera do Leste e Alta Floresta. A gestora-geral do Nugjur, Euzeni Paiva de Paula, explica que os municípios de cada polo serão irradiadores das práticas restaurativas para os demais e o foco é oferecer recursos para que a comunidade escolar possa implantar as ferramentas da Justiça Restaurativa como ações rotineiras.
“O Judiciário tem como objetivo a formação de membros da comunidade como facilitadores em círculos de construção de paz, para que eles estabeleçam as rotinas restaurativas. Isso permite, além da implantação e expansão da Justiça Restaurativa, como também a prevenção na resolução de conflitos, e, ainda, possibilita capacitar os agentes sociais, como os profissionais da educação, assistentes sociais, pais e até mesmo alunos, para que eles atuem na pacificação social dentro da sua comunidade”, contou a gestora-geral do Nugjur.
Atualmente, o projeto está na fase de capacitação de profissionais da educação e está sendo construído junto à Seduc um plano de trabalho que irá nortear as ações.
A responsável pela mediação escolar na Seduc, Patrícia Carvalho, garante que a unidade está animada com os trabalhos desenvolvidos com o Judiciário e que os resultados vêm se mostrando promissores.
“A Secretaria percebe que essas novas práticas são formas de repensar o diálogo no espaço escolar. Desde 2016, a Seduc iniciou com a mediação, mas em 2022 assinamos o termo de cooperação com o Nugjur, que já vem fazendo o trabalho com as comarcas, agora estamos intensificando a formação de facilitadores”.
Ela conta que “o objetivo da educação é tornar o espaço escolar mais acolhedor e menos punitivo. Isso vai ao encontro do que o Judiciário também quer. Quando a gente ensina o diálogo, crianças e jovens a aprendem isso”, concluiu.
Adhressa Barboza
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
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Fonte: Tribunal de Justiça de MT