A empresária Fabíola Cássia Garcia Nunes relatou que temeu ser morta pelo delegado da Polícia Civil, Bruno França Ferreira, que invadiu a sua casa, no condomínio residencial Florais dos Lagos, em Cuiabá, na noite de segunda-feira (28), e com uma arma em punho ocasionou terror à mulher, o marido dela, e a filha pequena de apenas quatro anos. Toda ação foi registrada pelo circuito de monitoramento da residência.
Em entrevista ao Programa do Pop, da TV Cidade Verde, a mulher relatou que o delegado, que estava acompanhado de mais três policiais do GOE (Grupo de Operações Especiais), arrombou a porta da sua casa para a prenderem. O motivo seria por um descumprimento de medida protetiva em face da empresaria e a favor de um menor de 13 anos, que é enteado de Bruno França.
“Ele foi muito agressivo com a arma em punho e minha filha gritava para tio. Ele falava cala boca, e mandou minha filha calar boca, e mirou a arma pra ela. Disse que ia estourar minha cabeça. Eu falava ‘o que tá acontecendo, a gente é vitima aqui’”, relatou aos prantos.
Fabíola contou que está operada e tinha dificuldade para se locomover, o que não fez com que o investigador cessasse as ordens para que ela deitasse no chão, enquanto a filha gritava a todo o momento “não”. “Eu operada com minha filha, foi horrível, foi cena de pânico, o segurança disse que dava pra ouvir os gritos dele de um quarteirão. Se não fosse esses policiais ele ia me matar e matar minha filha”, afirmou.
A mulher ainda disse que teve certeza que seria morta, quando o delegado após ordenar a sua prisão, mandar que ela fosse colocada no camburão da viatura. “Ele vinha com ódio e sempre com a arma. Ele queria que eu fosse come ele de camburão e eu falei não vou. Esse cara vai me matar”, contou.
O CASO
A confusão envolvendo a família do delegado e a família da empresária teve início há algum tempo após um desentendimento entre o filho da moradorad do Florais e o enteado de Bruno, no condomínio Alphaville 1. As duas famílias já se enfrentam na Justiça devido a rusga gerada pelo adolescentes.
A família que teve a casa invadida alega que deixou de morar no Alphaville por sofrer ameaças. Todavia, na noite de ontem, a família se deparou com a chegada do delegado por volta das 21h30 sem posse de nenhum mandado judicial.
Na ocasião, o delegado alegou estar em cumprimento de uma “prisão em flagrante” em descumprimento de uma medida protetiva em favor de seu enteado, que é ainda é neto de um conselheiro do Tribunal de Contas. No entanto, a vítima alegou que desconhecia a medida e tampouco foi notificada a respeito. P
ela câmera da sala da casa da mulher, é possível ver que o delegado esmurra a porta da casa até que ela seja arrombada e armado ordena que todos da residência se deitem no chão. A vítima tenta entender o que aconteci-a, enquanto a filha chora e grita aos prantos assustada.
Rodrigo Pouso, também filmou o momento que é xingado pelo delegado, na Central de Flagrantes da Capital, no bairro Verdão, enquanto tentava saber pelo que sua cliente estava sendo acusada. No local, o delegado, que hoje está lotado em Sorriso, também estava bastante exaltado e se negava dar detalhes da situação ao profissional.
Fonte: Folha Max