As circunstâncias que envolvem o homicídio de Ryan Rodrigues de Oliveira, de 10 anos, ainda permanecem um mistério para o delegado Gustavo Espíndula de Souza que investiga o caso. O menor que foi assassinado brutalmente por um adolescente, de 14, em Tangará da Serra (239 km de Cuiabá), diz ter cometido o crime por sofrer bullyng, no entanto as investigações não descartam a possibilidade de que a criança tenha sido vítima de abuso sexual.
Ao FOLHAMAX, o delegado afirmou que enxergou indícios de que Ryan tenha sido violentado sexualmente. Porém, ressaltou que aguarda o resultado do laudo pericial da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) que deve ficar pronto em até uma semana. “A gente aguarda porque para saber se será possível fazer a coleta de material para constatar a suspeita de abuso, devido o estado de decomposição do corpo”, informou.
Outro motivo que causa estranheza a Espíndula é fato de o suspeito afirmar que tenha cometido o crime simplesmente porque não gostava do apelido pelo qual a criança o chamava. “Seria um motivo muito fútil, só porque foi chamado de calango”, disse.
A mãe do menino informou que estava em viagem e deixou o menor sob os cuidados do padrasto. O homem notou o desaparecimento do garoto na manhã da última sexta-feira (18). Aos policiais, o padrasto informou que foi dormir por volta das 22 horas de quinta-feira e pela manhã do dia seguinte, ao chamar o enteado para ir à escola, não o encontrou.
Ele acreditava que o menino teria dormido na casa de um amigo. Mas, ao retornar às 11h30 de sexta, o enteado ainda não havia voltado para casa. Foi então que ele acionou a cunhada, que também não sabia do paradeiro da criança. Ryan não saía sem permissão. Depois da comunicação do desaparecimento, a Polícia Civil mobilizou buscas para encontrar o menino.
O menor foi asfixiado e levou duas pedradas na cabeça. A motivação do crime ainda não está clara e segue sendo investigada pela Polícia Civil.
Fonte: Folha Max