As testemunhas apresentaram versões diferentes da gestante Bruna Tatiane Evangelista Felski, de 26 anos, que matou a tiros um idoso e o filho dele em Terra Nova do Norte, segundo o delegado José Getúlio Daniel. O crime ocorreu no sábado (22).
A grávida confessou, durante depoimento à Polícia Civil, que atirou contra o irmão e o pai da suposta ex-amante do marido dela para defender os pais. De acordo com o delegado, os depoimentos de familiares das vítimas começaram a ser colhidos há um dia e terminaram nessa quinta-feira (27).
“Temos depoimentos contraditórios dos familiares das vítimas. Eles afirmam que os fatos realmente aconteceram de forma divergente da investigada”, disse. A polícia informou que ainda está dentro do prazo da conclusão do inquérito e que também aguarda o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
A gestante contou ao delegado que no dia do crime, ela foi até a casa onde morava a suposta ex-amante, junto com os pais. No depoimento, ela disse que estava “cega e desesperada” e, no local, ela começou a falar com o pai da mulher e com a esposa dele. Todos estavam alterados emocionalmente, de acordo com o relato.Ainda segundo a versão de Bruna, após uma sequência de agressões verbais entre os parentes da suposta amante, ela foi até o carro do marido, pegou uma pistola e efetuou os disparos contra o irmão e o pai da mulher. De acordo com ela, após perceber que eles atacariam os pais dela.
Segundo a acusada, ela conheceu o esposo, Rodrigo, em uma rede social em 2021, enquanto ele trabalhava em uma propriedade rural do município e ela morava em Colíder. Logo em seguida, o casal foi morar junto na Fazenda Talismã. Ela disse que eles sempre tiveram um bom relacionamento.
Ela tinha um filho e o marido, três antes de se unirem. O casal descobriu a nova gravidez em abril deste ano e, segundo ela, trata-se uma gestação de risco. No entanto, ela percebeu o marido mais afastado e não se mostrava feliz com o novo filho.
Em setembro, ela encontrou conversas do marido com uma suposta ex-amante no celular dele, enquanto ele dormia. Ela perguntou ao esposo sobre o as mensagens, mas ele negou o caso extraconjugal. Com a situação, Rodrigo passou a morar com a mãe dele.
Fonte: Folha Max