“Eu quero justiça e esperamos que a ela seja feita”. Essas são palavras de Laura Albuquerque, mãe do estudante universitário Frederico Albuquerque Siqueira Corrêa da Costa, 21, atropelado na madrugada de 2 de setembro em Cuiabá.
O jovem saía de uma conveniência na avenida Beira Rio quando foi atingido por um Honda City. Danieli Corrêa da Silva, 24, que estava na direção do veículo e seu amigo Diogo Pereira Fortes, 35, fugiram sem prestar socorro à vítima.
A Polícia Civil concluiu o inquérito nesta sexta-feira (21) e indiciou a dupla. Em entrevista ao , a mãe do rapaz disse que tem acompanhando de perto o caso e espera que o Ministério Público Estadual (MPE) denuncie os indiciados. Caso sejam condenados, eles podem pegar até 25 anos de prisão.
“Eu acredito na justiça dos homens. O Frederico não vai voltar para casa, mas a Justiça ameniza um pouco o sofrimento da nossa família”, diz.
“Eu quero que as pessoas reflitam na falta que um filho, um pai, uma mãe de família faz. Que as pessoas pensem antes de entregarem um carro a alguém não habilitado ou alguém sob efeito de alcool”. “Não é só meu caso, não é só meu filho, é o filho de muitas outras mães”, complementou.
À reportagem, Laura conta ainda que os amigos de seu filho ainda vão na casa dela para relembrar momentos com o jovem. “Era um menino feliz e que gostava de viver. Perder um filho desta forma, tão cruel, é muito duro. A gente nunca está preparada”, desabafou.
Indiciamentos
Danieli Corrêa da Silva, 24, que dirigia o veículo que atropelou e matou Frederico, foi incidida por homicídio doloso, fuga de local de acidente, omissão de socorro e condução de veículo sob efeito de álcool ou substância psicoativa.
O dono do carro, Diogo Pereira Fortes, 35, amigo de Danieli, foi indiciado por coautoria no homicídio doloso na direção de veículo e autor nos crimes de condução de veículo sob efeito de álcool ou substância psicoativa, entregar direção a pessoa não habilitada, fuga de local de acidente e omissão de socorro.
Segundo apuração conduzida pelo delegado Cristian Cabral, após analisar as provas colhidas no inquérito policial e ouvir várias testemunhas, concluiu que ambos os indiciados fizeram uso de bebidas alcoólicas (embriagados), que Daniele, condutora do veículo, não possuía Carteira de Habilitação, bem como desenvolvia velocidade absolutamente incompatível com a via, em faixa de tráfego destinada a veículos em baixa velocidade e próximo ao local que tinha conhecimento e visibilidade de possuir aglomeração de pessoas, estudantes universitários.
A fuga do local sem prestaro socorro às vítimas, demonstra que os acusados não tinham sinais de arrependimento ou preocupação com o estado de saúde dos jovens, como consta no documento policial e informado pelos advogados Valber Melo e Fernando Faria, defensores da família da vítima.
Fonte: Folha Max